MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Sem vagas, pacientes esperam há mais de 10 dias por cirurgia no PR


Hospital de Paranavaí não tem leitos suficientes para internar pacientes.
Sesa afirma que cirurgias ortopédicas são feitas de acordo com urgência.

Do G1 PR, com informações da RPC TV Noroeste

O caminhoneiro Luiz Lindinal quebrou o braço e a clavícula após sofrer um acidente de moto em Paranavaí, no noroeste do Paraná, no dia 11 de janeiro, mas, até esta quarta-feira (22), as cirurgias para reparar os ossos fraturados ainda não foram marcadas pelo Hospital Santa Casa de Paranavaí.
Lindinal conta que realizou exames para comprovar que os ossos estavam quebrados, mas, mesmo assim, não pode ser internado e realizar as operações porque o hospital não tinha leito do Sistema Único de Saúde (SUS) disponível."Eu fui lá ontem [21 de janeiro] e a encarregada da Santa Casa disse que tinha 16 pessoas na minha frente aguardando por cirurgia desse tipo. Enquanto isso, estou tomando alguns remédios para diminuir a dor ", diz o caminhoneiro.
A demora na marcação de cirurgias ortopédicas pelo SUS fez com que o autônomo, Juliano da Silva Vieira, que está com a perna quebrada desde o dia 10 de janeiro devido a um acidente de moto, emprestasse dinheiro de familiares para realizar a operação de forma particular. Segundo o autônomo, a operação deve custar R$ 6 mil. "Antes de correr o risco de perder a perna, tive que dar uma jeito para conseguir dinheiro. Esperar pelo SUS é complicado", desafaba Vieira.
 A Santa Casa é referência na área de ortopedia para 28 municípios da região noroeste do Paraná e, segundo o hospital, possui apenas 20 leitos disponíveis para o Sistema Único de Saúde (SUS). Conforme a direção do hospital, são realizadas 130 cirurgias ortopédicas por mês pelo SUS, mas, devido ao número de acidentes, a fila de espera por cirurgia deste tipo aumenta todos os dias.
Atualmente, há 19 pessoas esperando pelo atendimento.“O número de pacientes que são internados é muito grande, a maioria deles porque sofreu um acidente de moto. Em vista disso, eles ficam mais tempo internados o que, as vezes, compromete o atendimento a outras pessoas”, explica o coordenador geral da Santa Casa, Héraclis Arraes.
A Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) informou que os casos de pacientes da região noroeste que quebraram uma parte do corpo, como braços, pernas, clavículas, por exemplo, são encaminhados para a Central de Vagas do Estado para avaliar a situação. Na Central, casos considerados de urgência, com risco de morrer, são submetidos a cirurgia automaticamente e não precisam aguardar abertura de um leito do SUS no Hospital Santa Casa. Já, em casos eletivos, que não há risco de morrer, os pacientes precisam aguardar na fila de espera até que  uma vaga no setor ortopérdico do Hospital Santa Casa seja aberta.
Para a Sesa, Luiz Lindinal e Juliano Vieira não são considerados casos urgentes e deverão aguardar pela abertura de vagas.

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