MEDIÇÃO DE TERRA

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sábado, 31 de maio de 2014

3ª Bienal da Bahia marca momento de renovação

Gislene Ramos
A TARDE
  • Alfredo Mascarenhas | Divulgação
    Cortejo performático de Luisa Mota foi um dos destaques da noite de abertura
Nesta quinta-feira, 29, às 18h30, soaram 33 alabês no pátio do Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA). Era a abertura da 3ª Bienal da Bahia. A percussão acompanhava a voz de Inaicyra Falcão, filha do artista Mestre Didi (1917-2013), junto ao músico Maurício Lourenço.
O público apreciou todo o evento, marcado por cortejo-performance e instalações. O cortejo seguiu para o Passeio Público, com apresentação teatral da Universidade Livre do Vila Velha e apresentação do bloco de rua carnavalesco De Hoje a Oito.
A artista portuguesa Luisa Mota foi a responsável pela performance em forma de cortejo, com cerca de 70 artistas e voluntários. Em meio à multidão que Luisa chamou de "homens invisíveis", um grupo de pessoas nuas compunha a pitoresca passeata pelas ruas.
Para além das significações, Luisa deixou claro que a liberdade de interpretação era a marca da proposta. Para ela, o trabalho é também o que as pessoas pensam sobre ele. "A performance serve para que cada um, especulando símbolos e ideias, chegue a um significado".
Luan Vitor, que morador do centro da cidade, integrou a performance, falou sobre o que pensava da ideia: "Não é um nu qualquer, ele mostra a pureza, a beleza serve para abrir as mentes das pessoas aqui em Salvador".
Débora, 36, aluna de Belas Artes, contou por que participava. "Eu quis fazer parte da performance por uma questão histórica do que é a Bienal para a gente. Esse nu  pra mim representa uma forma  de agredir, de dizer que nós artistas não precisamos viver sob dogmas nem ditadura de ninguém. É uma forma de protesto", explicou.
Renovação
Artistas consagrados foram prestigiar o eventodo estado . "Estamos fazendo história", afirmou o decano escultor Mário Cravo Jr. Para ele, o processo representa um reencontro com a história, momento de mudanças e novos ares para a arte e para a cultura da Bahia. "A Bienal aponta para uma renovação, para novos tempos", disse.
Para o também veterano Juarez Paraíso, a Bienal cria uma espécie de reconhecimento do que se fez no passado, resgatando duas bienais anteriores,  sem perder de vista o futuro: "A minha preocupação é que não decorram mais 46 anos para termos a próxima Bienal".

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