MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 30 de maio de 2014

No AP, artesãos comercializam peças fabricadas com produtos da floresta


Feira de Economia Solidária ocorre durante o Fórum Pan-Amazônico.
Comercialização de peças acontece ao lado do Teatro das Bacabeiras.

Dyepeson Martins Do G1 AP
Ao todo, 580 empreendedores estão cadastrados no projeto (Foto: Dyepeson Martins/G1)Ao todo, 580 empreendedores estão cadastrados no projeto (Foto: Dyepeson Martins/G1)
Artesãos e agricultores do Amapá estão comercializando produtos fabricados com matéria-prima da Amazônia na Feira de Economia Solidária, realizada ao lado do Teatro das Bacabeiras, em Macapá. O evento acontece em conjunto com a sétima edição do Fórum Social Pan-Amazônico, promovido de 28 a 31 de maio.
Socorro Carvalho, de 50 anos (Foto: Dyepeson Martins/G1)Socorro Carvalho, de 50 anos, artesão há mais de
uma década (Foto: Dyepeson Martins/G1)
Artesã há mais de uma década, Socorro Carvalho, de 50 anos, diz que aproveitou a oportunidade para vender as peças que ela fabrica em uma marcenaria, localizada na Zona Sul da capital. Ela conta que os preços das peças variam entre R$ 20 e R$ 100, de acordo com o tempo destinado para a confecção.
"Sustento a minha família com o dinheiro que ganho na venda do meu artesanato. Aprendi tudo em um curso aqui em Macapá, mas os meus pais sempre trabalharam com essa arte", disse a artesã, segurando, com orgulho, uma bailarina esculpida em madeira típica da região Norte. "Minha peça predileta é essa. Quando vender acho que até vou ficar triste", brincou.
Produtos estão expostos ao lado do Teatro das Bacabeiras, em Macapá (Foto: Dyepeson Martins/G1)Produtos estão expostos ao lado do Teatro das
Bacabeiras (Foto: Dyepeson Martins/G1)
A professora Meri Fonseca, de 54 anos, diz só utilizar joias fabricadas com "matéria-prima da floresta". Para ela, "usar peças caras para enfeitar o corpo é símbolo de ostentação da sociedade".
"Só uso joias que não destroem o meio ambiente. Estas que estão sendo vendidas na feira são oriundas de materiais reaproveitados na natureza. Sem contar com a beleza, fico fascinada com essas peças que não geram passivo ambiental", reforçou.
Ao todo, 580 empreendedores individuais estão cadastrados no projeto. Uma das coordenadoras da feira, Somália Queiroz, ressaltou que a ação é desenvolvida pelo menos uma vez no ano, quando são convidados artesãos de todos os municípios amapaenses.
"Há muito mais empreendedores a serem mapeados com o apoio da Secretaria Nacional de Economia Solidária. Aproveitamos todos os tipos de ações para realizarmos a feira. Desta vez, no fórum Pan-Amazônico tivemos uma nova chance de expor e comercializar essas peças", frisou.
Pan-Amazônico
O fórum surgiu com o objetivo de propor políticas destinadas aos povos que habitam a floresta. As atividades acontecem simultaneamente em diferentes pontos da capital. Seis eixos temáticos estão sendo discutidos em debates e palestras. Ao fim do evento será formulada uma "carta de princípios" com todas as propostas e reivindicações dos participantes.

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