MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 31 de agosto de 2014

Contradições políticas e inexperiência de Marina orientam ataques do PT e PSDB.


Embora a presidente Dilma Rousseff tenha aumentado as críticas à candidata Marina Silva (PSB), a expectativa da campanha petista é que Aécio Neves (PSDB) parta para um confronto mais duro contra Marina para evitar a sangria de votos tucanos para a ex-senadora.
Dirigentes ouvidos neste sábado pelo GLOBO afirmaram que Dilma deve esperar os próximos passos de Aécio, agora em terceiro lugar nas pesquisas, para decidir o tom que adotará no debate marcado para amanhã, no SBT. Neste sábado, em São José do Rio Preto, Aécio já foi bastante crítico à candidata do PSB.
Em Jales, tanto Dilma como o vice-presidente Michel Temer sinalizaram que a ideia é desconstruir Marina politicamente, apontando fragilidades e contradições de seu programa de governo e de seu discurso sobre uma “nova política”. De todo modo, essas críticas poderão ser feitas pelo programa de TV e pela boca de aliados. Os dirigentes petistas temem que uma polarização mais dura com a ex-ministra possa gerar desgastes para a campanha de Dilma. Em entrevista coletiva, neste sábado, a presidente desconversou ao responder se enfrentaria Marina no debate de amanhã. — Pretendo discutir as minhas propostas. Se elas ensejarem cotejamento dos outros candidatos é uma consequência — disse Dilma.

Os petistas aguardam também a consolidação de Marina como principal adversária de Dilma, antes de aumentar a ofensiva. — Não muda a estratégia em si, mas é evidente que se consolidar a situação (de queda) do Aécio, o adversário para valer passa a ser Marina. O debate talvez seja um aperitivo do que será feito. Nós vamos trabalhar um processo de esclarecimento das contradições nas candidaturas dos adversários — disse um dos coordenadores da campanha petista, o prefeito e ex-ministro Luiz Marinho. 
Integrantes da equipe de Aécio Neves admitem que a queda de 20% para 15% nas intenções de voto na última pesquisa do Datafolha, na semana passada, abalou a campanha do tucano, mas tentam mostrar que não há um clima de desespero. A avaliação é de que ainda falta um mês para a eleição e muita coisa pode vir à tona. O candidato, mesmo em terceiro lugar, tem pedido “serenidade” aos aliados.
Assim como o PT, o PSDB compara Marina ao ex-presidente Fernando Collor, tentando dar um aspecto negativo à candidata que se apresenta como o novo. — Abala sim, mas não tem desespero. É uma onda semelhante à do Collor. Se ela for eleita, se essa onde vier, teremos feito a nossa parte. É uma onda emocional, irracional. Ainda tem tempo até a eleição, muita coisa ainda pode aparecer — disse um aliado de Aécio. 
Já na campanha de Marina, o resultado da pesquisa foi recebido com um misto de alegria e cautela. Para um dos coordenadores da campanha do PSB, Walter Feldman, o empate de Marina com Dilma revela fôlego. Mas, ao mesmo tempo, transforma a ex-ministra do Meio Ambiente em alvo preferencial de seus rivais. Para ele, não há tempo para comemorar, há muito mais trabalho a fazer.
— Agora nosso empenho tem que ser redobrado porque viramos o núcleo do alvo dos nossos adversários. A sociedade está em transição. Há setores que resistem, que têm temores. Nosso trabalho agora é muito maior. Estamos vendo o resultado do Datafolha com muita humildade e determinação — disse, citando uma música de Paulinho da Viola, que diz que durante o nevoeiro é preciso fazer como o velho marinheiro, que guia o barco devagar. — Temos que ter muita calma. Por aqui tem absolutamente zero de euforia. Ex-tucano, Feldman conta que a campanha tem recebido uma quantidade enorme de ligações e manifestações de pessoas dizendo que querem participar do projeto de Marina. 
Evidentemente preocupado com a arrancada de Marina, o comitê de Dilma pretende deixar de lado a polarização com Aécio. Vai tentar explorar supostas contradições de Marina, mas sem abandonar a estratégia propositiva. A avaliação no governo e no PT é que partir para o ataque tira votos e pode vitimizar Marina. — Nós temos projeto, ela é um sonho, uma idealização — disse o vice-presidente e coordenador de redes sociais do PT, Alberto Cantalice. ( O Globo )
BLOG DO CORONEL

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