MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Especialistas debatem parto domiciliar em congresso em Belém


Mães que optam por ter bebês em casa devem ficar atentas a cuidados.
66º Congresso Brasileiro de Enfermagem segue até a próxima sexta, 31.

Do G1 PA
O parto domiciliar é um dos temas discutidos durante o o 66º Congresso Brasileiro de Enfermagem, realizado em Belém até a próxima sexta-feira (31). Durante o evento, especialistas discutem a participação e o cuidado dos profissionais da área no apoio a mães que optam por não fazerem o parto em hospitais.
"Tem mulheres que já vêm com uma concepção de não querer por não querer passar por
certas dificuldades, pela violência institucional, a violência obstétrica que hoje
ainda há muito nas nossas maternidades. E a gente vai dando todo esse apoio durante
o pré-natal", explica o enfermeiro obstetra Orácio Bastos.
A decisão tomada por muitas mães de ter seus bebês dentro de casa ainda provoca reações de estranhamento, como na família da psicóloga Anne Pina.
"Acharam a ideia louca, disseram que o menino precisava nascer no hospital porque de
repente talvez precisasse em alguma urgência e avó disse a mesma coisa. Mas depois eles conheceram a equipe e me deram o total apoio", afirma.

Os especialistas destacam que  acompanhamento de médicos e enfermeiros durante o pré-natal é fundamental para o sucesso do parto realizado dentro de casa, ajudando a diminuir os riscos de complicações durante a gravidez. Mas ao optar por essa modalidade de parto, é importante que grávida faça o pré-natal, que a casa tenha estrutura adequada e com boas condições de higiene, o acompanhamento de uma equipe de profissionais de saúde na hora do parto e deve haver um plano de emergência para que mãe e filho podem ser encaminhados rapidamente para o hospital mais próximo em caso de complicações.
"Mesmo em casa a gente leva material de reanimação para o bebê, oxigênio, sondas, mesmo
que não precise usar. É importante para dar segurança para a mulher e o bebê e mesmo para
a equipe", frisa a enfermeira obstetra Luzia Ribeiro.
Depois de frequentar um grupo de apoio a gestantes e pesquisar sobre o assunto, a bióloga Jarine Reis abriu mão de ter filho em um hospital para realizar o parto domiciliar.
"Tão mais cômodo e seguro porque o ambiente hospitalar não é estéril, né? Há riscos patológicos acima do normal, como bactérias de hospital que são super resistentes, e na minha casa não, eu estaria fazendo o que me deixava mais tranquila, mais relaxada, e esse foi o principal aspecto que me fez tomar essa decisão", conta a biológa.

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