MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 30 de novembro de 2014

Segundo dados do Inca, cresce número de câncer do colo de útero


por
Daniela Pereira e Daza Moreira
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
Os números são alarmantes quando o assunto é câncer do colo de útero. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), este ano, são esperados 15.590 novos registros de câncer do colo do útero, com um risco estimado de 15,33 casos a cada 100 mil mulheres no país. Já na Bahia, a estimativa é de 1.120 casos detectados, sendo 260 deles em Salvador. Os índices nacionais ainda revelam 28,6% de aumento nos óbitos em 10 anos, passando de 4.091, em 2002, para 5.264, em 2012.
A doença está diretamente relacionada à prática sexual, por isso dentre os principais métodos de prevenção está o uso de preservativo durante as relações, o que impede a infecção pelo HPV. Quase todos os casos de câncer de colo do útero tem como fatores associativos o HPV, mas nem todo mundo que tem HPV pode ter câncer, pois ele sozinho não causa a doença. É necessário, também, que haja outros fatores associativos oncongênicos como: múltiplos parceiros e predisposição genética.
 Segundo o Diretor do Centro Estadual em Oncologia (CICAN), Douglas Nascimento, o câncer se desenvolve cerca de 10 a 15 anos após a mulher ter se infectado com o HPV. Depois de diagnosticada, a paciente é direcionada a um tratamento que é oferecido na rede pública em instituições como o CICAN e hospitais como o Aristides Maltez, Santa Izabel e São Rafael. “Deve ser realizada uma cirurgia para retirada da lesão e em seguida é feito tratamento de radioterapia e quimioterapia”, explica o médico.
Considerada uma das mais comuns doenças sexualmente transmissíveis (DST), o HPV ainda é pouco conhecido entre a população brasileira. Com mais de 100 tipos de vírus, ele é classificado em números. O vírus é contraído, principalmente, através de relação sexual desprotegida com algum infecto, porém, como é um vírus, pode ser encontrado no ar e, em possibilidades remotas, através de roupas e compartilhamento de materiais mal esterilizados.
O câncer do colo de útero é o quarto mais comum entre as mulheres, com 527 mil casos novos no Brasil. Em geral, ele começa a partir de 30 anos, aumentando seu risco rapidamente até atingir o pico etário entre 50 e 60 anos. Contudo, podem ocorrer casos até mesmo em mulheres que já estão na menopausa. O câncer do colo do útero não tem relação com o fato da mulher já ter engravidado ou amamentado e pode voltar a surgir mesmo após o tratamento.
Além da prevenção no ato sexual é necessário que as mulheres realizem anualmente o preventivo ginecológico, exame que pode detectar o câncer, pois em estágio inicial ele não apresenta sinais ou sintomas. Cerca de nove a cada dez casos de câncer de útero têm ligação com a presença do vírus HPV no organismo. Caso ocorra o diagnóstico, médicos alertam o paciente a avisar o parceiro para que ele procure auxílio médico imediato. Para Douglas, a principal solução para a redução dos casos ainda é a prevenção e os cuidados com a saúde que toda mulher deve ter, “Não se pode deixar de ir frequentemente ao ginecologista”, afirma. Segundo o médico quando o câncer é detectado em seu estágio inicial, as chances de sucesso no tratamento são muito maiores.

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