MEDIÇÃO DE TERRA

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quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Cultura da mandioca tem valor agregado no Alto Paranaíba


Hoje em Dia


Emater-MG/Divulgação
CULTURA DA MANDIOCA TEM VALOR AGREGADO
Em 2016, o projeto será estendido a outros seis municípios

A produção de mandioca na região do Alto Paranaíba está sendo beneficiada com a parceria entre a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) e a Embrapa Cerrados. O trabalho para alavancar a produção começou em 2013, no município de Lagoa Formosa, com a implantação de unidades de experimentação.
 
Os primeiros resultados já mostraram o aumento da produtividade. O salto foi de 16 toneladas por hectare para 22 toneladas por hectare, graças à adoção de boas práticas de produção e plantio de novas variedades.
 
“Plantamos cinco variedades de mandioca para mesa (consumo in natura) e quatro para indústria (polvilho e farinha). O teste foi feito em 12 hectares de duas propriedades rurais de agricultura familiar e uma de um grande produtor. Nesta última, o dono também tem uma fábrica de polvilho e de farinha”, explica Reginaldo Ângelo de Sousa, coordenador técnico regional da Emater-MG.
 
De acordo o agrônomo, a mandioca passou a ser vista não mais apenas como uma cultura de subsistência da agricultura familiar, mas como uma atividade lucrativa e geradora de renda. “Está sendo bastante importante para o setor produtivo da região. A mandioca se tornou reconhecida como uma cultura de grande valor. Tanto as variedades de mesa quanto as de indústria”, garante.
 
Crescimento
 
Ainda segundo o coordenador da Emater-MG, em 2016, o projeto será estendido aos municípios de Patos de Minas, Presidente Olegário, Vazante, Lagoa Grande, Carmo do Paranaíba e Tiros. “O Cerrado brasileiro é um dos principais centros de produção da mandioca, apresentando características de clima e solo que o colocam como uma das regiões mais indicadas para a produção da cultura no país”, revelou Reginaldo Sousa. No entanto, ressalta que o Alto Paranaíba ainda apresenta baixa produtividade na produção e atribui o fato ao desconhecimento dos produtores pelas novas variedades e pelas técnicas mais modernas de cultivo.
 
“Temos um clima quente durante o dia e mais fresco à noite. Os solos profundos, bem drenados e com fertilidade natural propiciam a cultura. Pragas e doenças quase não atacam o pé em função do clima. Então, estamos instituindo com o projeto, outras práticas de produção para melhorar o produto final, tais como adubação; calagem; espaçamento adequado e épocas de plantio e colheita, bem definidas, de acordo com as variedades. Com isso, teremos mandioca quase o ano todo para atender às demandas do mercado”, disse o agrônomo.
 
Segundo Reginaldo Sousa, paralelo a essas medidas, haverá o envolvimento de técnicas de bem-estar social da empresa mineira de extensão rural, que ensinarão tecnologias de fabricação de farinha e polvilho, para melhor qualificação dos alimentos produzidos com a raiz e melhoria de opções de comercialização.
As novas variedades de mandioca que estão sendo introduzidas no Alto Paranaíba foram desenvolvidas pela Embrapa Cerrados. A iniciativa faz parte de um programa para o melhoramento genético de cultivares de mandioca de mesa e de indústria. Além da melhoria da produtividade, o trabalho também tem o objetivo de desenvolver plantas com maior teor de carotenoides – considerados antioxidantes e que ajudam a diminuir o risco de várias doenças –, com maior resistência a pragas e doenças, entres outras características.
 
Produção

Minas Gerais é o nono produtor nacional de mandioca, segundo dados do IBGE. Em 2014, a produção foi de 851 mil toneladas em uma área de colhida de 59,6 mil hectares.

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