MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Obras do Hospital da Costa do Cacau começam em um mês


Durante a solenidade de abertura do 5° Congresso de Secretários Municipais de Saúde da Bahia, realizada em Ilhéus, neste domingo, 30, o secretário estadual de Saúde, Fábio Vilas Boas, declarou que o início da construção do novo Hospital Regional da Costa do Cacau, a ser localizado no bairro Banco da Vitória, deve ocorrer daqui a trinta dias. Vilas-Boas transferiu oficialmente o Gabinete da Secretaria para Ilhéus, para atendimentos aos gestores municipais da saúde, durante o período do evento, que discute o fortalecimento do SUS através dos municípios. A abertura do 5° Congresso de Secretários Municipais de Saúde da Bahia contou com a presença do vice-prefeito de Ilhéus, Carlos Machado (Cacá), do presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde da Bahia, Raul Molina, o deputado federal Jorge Solla, de representantes do Ministério da Saúde e do Ministério Público do Estado, do secretário ilheense da Saúde, Antonio Ocké, além de gestores de saúde, da quase todos os 417 municípios do Estado. Segundo o secretário, houve mudança no agente de financiamento da obra de construção do novo Hospital da Costa do Cacau. De acordo com Vilas-Boas, “deixou de ser o Banco do Brasil, que não permitia a compra de equipamentos para a unidade, e agora, o Governo do Estado já iniciou as conversas com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e em um mês, no máximo, teremos o início da obra”, acrescentou. O novo hospital será construído às margens da rodovia Ilhéus/Itabuna (BA-415), com capacidade de atendimento médico-hospitalar de média e alta complexidades, em urgência e emergência, e também com internamentos. Na primeira etapa, terá 150 leitos, possibilitando atender um público estimado em 780 mil pessoas.

Ministros propõem medida para facilitar a venda de carros usados


O anúncio foi feito durante a primeira edição do Encontro Estratégico de Lideranças do Setor Automotivo, em São Paulo

por
Agência Estado
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
Foto: Oswaldo Corneti/Fotos Públicas
Apesar de ter como foco os veículos usados, a ação também pretende alcançar a venda de veículos novos
Apesar de ter como foco os veículos usados, a ação também pretende alcançar a venda de veículos novos
Os ministros Gilberto Kassab, de Cidades, e Guilherme Afif Domingos, da secretaria de Micro e Pequenas Empresas, anunciaram nesta segunda-feira, 31, uma medida para simplificar os procedimentos burocráticos das vendas de carros de pessoas físicas para concessionárias e, com isso, gerar uma economia, para o lojista, de R$ 980 por transação. Para toda a cadeia automotiva, a economia seria de R$ 6,5 bilhões.

O anúncio foi feito durante a primeira edição do Encontro Estratégico de Lideranças do Setor Automotivo, em São Paulo. O projeto se chama Registro Nacional de Veículos em Estoque (Renave) e é a primeira iniciativa do programa Bem Mais Simples. "A previsão é de ele começar a funcionar em março", disse Afif.

Para Afif, a medida vai garantir a diminuição de gastos excessivos com trâmites burocráticos. "Estamos eliminando os registros físicos e partindo para um registro único, eletrônico, e que passa a ser feito no ato da venda. Além da facilidade, o sistema garante a segurança de quem está vendendo e das operações da empresa que está adquirindo o veículo", explicou.

Desta forma, acrescentou Kassab, a concessionária vai revender o veículo mais barato. "Se ele diminuir o preço em exatamente R$ 980, nós teremos uma economia de quase R$ 2 mil, dinheiro que poderá ser usado para consumir outras coisas ou até para poupar", disse.
O ministro explicou também que as multas do carro serão transferidas para a concessionária. A medida não altera em nada as transações entre duas pessoas físicas.

Apesar de ter como foco os veículos usados, a ação também pretende alcançar a venda de veículos novos, integrando a nota fiscal eletrônica e o Renavam, criando para as secretarias de Fazenda uma base de dados, em tempo real, de informações de veículos emplacados.
A criação do novo sistema é fruto de parceria da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Receita Federal, Ministério das Cidades (Denatran), Serpro, ENCAT/Confaz e entidades do setor automotivo (Fenauto, Anfavea e Fenabrave).

Eduardo Cunha diz que Dilma o chamou para conversar

Ao jornal "O Estado de S. Paulo", Cunha afirmou que recebeu o convite, mas como está em Nova York, nos EUA, só responderá nessa terça (01/09)

por
Estadão Conteúdo
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), confirmou que a presidente Dilma Rousseff o chamou para uma conversa nesta segunda-feira (31/8).
Ao jornal "O Estado de S. Paulo", Cunha afirmou que recebeu o convite, mas como está em Nova York, nos EUA, só responderá nessa terça (30/8).
"Ela chamou para hoje, mas estou fora. Amanhã, quando chegar, verei", afirmou o deputado. Ele está nos EUA desde o fim de semana para participar de uma conferência com chefes de parlamentos de todo o mundo na sede da Organização das Nações Unidas (ONU).

Este pode ser o primeiro encontro dos dois desde que Cunha rompeu oficialmente com o governo Dilma em julho. O presidente da Câmara afirma que é perseguido e defende que o Planalto trabalha nos bastidores para incriminá-lo na operação Lava Jato.
O rompimento ocorreu depois que o ex-consultor da Toyo Setal Júlio Camargo relatou à Justiça Federal do Paraná que Cunha lhe pediu propina de US$ 5 milhões.
O parlamentar e o governo, no entanto, estão em confronto desde a eleição do deputado para a presidência da Câmara. Depois, o peemedebista aprovou uma série de pautas reprovadas pelo governo.

A expectativa é de que os dois conversem sobre o anúncio de que o Planalto irá enviar à Câmara uma proposta de orçamento para 2016 com previsão deficitária.

O vice-presidente Michel Temer (PMDB) afirmou também nesta segunda-feira que a proposta é "extremamente preocupante", mas que é algo necessário para a transparência.
"É para registrar a transparência absoluta das questões orçamentárias, ou seja, não há mais maquiagem nas contas", disse Temer em evento promovido pela revista Exame.

Um país de cordeiros, que sempre aceitam ser explorados


Luiz Cordioli
Enquanto isto, os contratos destes canalhas continuam andando. O Brasil não pode parar. Penso muito na Camargo Corrêa quando entro na Bandeirantes, estrada construída e paga com meu dinheiro, seu dinheiro, leitor paulista, nosso dinheiro cidadão. Empresa bandida, cobrando pedágio de pessoas comuns, que não têm como impedir. De minha cidade à capital, ida e volta, R$ 80,00 reais, por viagem! E toca o bonde que, em 2016, chegaremos a R$ 100,00…
À noite, então, dá pena ver o espetáculo dantesco: aquela fila imensa de faróis contra e aquela outra fila imensa de lanterninhas vermelhas, a favor… Não é exatamente isto mesmo o que se conseguiu, na vida política deste país?
Os cidadãos restritos à faixa liberada para suas “vontades”, um pagamentinho de cada um, que ninguém é de ferro e por isto mesmo, ninguém reclama eficazmente e na escuridão circundante os fantasmas, comendo por fora, sem que se veja nada.
Este cidadão aqui exige a pista lateral obrigatória, construída pela concessionária, e não pedagiada, como se faz em outros países mais civilizados. Sei não, mas acho que minha exigência não vai prosperar…
PESSOAS SUBMISSAS
As pessoas querem mais é só andar, mesmo que seja só onde lhe deixam, mesmo que seja perdendo um pouco e isto é bem claro quando ouço dizerem: “pelo menos, temos a estrada…”
A tristeza por esta resposta suicida, submissa, bem senzala, é que o malfeito, aceito ou contornado, vira justificativa para o próprio malfeito! Façamos errado, porque mesmo se formos pegos, os contratos continuarão andando e, portanto, malfeitando… Este é o chamado à luta desigual que vemos.
Acabei de ouvir o mesmo raciocínio, quando expus o problema do Artigo 166 da Constituição (artigo fraudado, mas em pleno vigor), a uma eminência jurídica, que me antecipou os rumos da questão: lá no final, Luiz, ainda assim, com tudo provado, os decisores ainda podem adotar a “Teoria do Caos” e deixar tudo como está.
É só alegarem que, se mudar, vai ficar pior do que está e nada se fará. Em outras palavras: mesmo que esteja correto, não vamos fazer. Porque não fazer será melhor para o Brasil… Bem assim, bem claro, bem objetivo, bem direto.
POR CIMA DA RAPADURA
A ideia jurídica colocada me pareceu perfeita, mas só para quem está por cima da rapadura. Imagine um problema criado pelo 0,01% e a resposta dos 99,9% chegando aos Supremos e seus decisores democráticos. O Juiz decisor pega o caso e nesta linha, que eles dizem possível, toma sua decisão. Primeiro, descreve um futuro, agora, como qualquer de nós. Segundo, descreve um futuro ruim provocado exatamente com a mudança pretendida. Terceiro, alega que será pior, amanhã, se a mudança for feita. Quarto, fundamentadamente, pois, ante a “Teoria do Caos” do bom direito, para o bem da população, recusa a mudança e deixa tudo como está, tudo que você mesmo já determinou, hoje… Fundamentar é fundamental!!!
Me recordo de uma piada de 50 anos atrás, quando a personagem estrangeira vivida pela lindíssima atriz Kate Lyra, ao final do quadro, sempre concluía o absurdo colocado em foco, com esta frase antológica: “Brasilerrro é muuuuito bonzinho.”
AUDITORIA DA DÍVIDA
A outra, não é piada, é realidade escrita e documentada: no relatório final da CPI da Dívida, em 2010 (!), expostas as barbaridades encontradas, o relator, Pedro Novais, languidamente, colocou na sua conclusão, a seguinte frase:
“Pela importância que o cumprimento do serviço da dívida tem na restauração e manutenção da credibilidade do País, entendemos que esta rubrica deva ser preservada do processo de formulação de emendas, conforme consta atualmente do texto constitucional”.
E ficou tudo como estava. Nada se auditou. E bola pra frente… Chorando, hoje? Por quê?

Um momento político muito estranho e conturbado


Sylo Costa
O Tempo
Por que o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, é objeto de denúncia oferecida ao Supremo Tribunal Federal e o Senador Renan Calheiros, presidente do Senado, não é? O fuxico que grassa é que teria havido acordo de compensação pelas recentes posições políticas adotadas por Renan, aquele mesmo de outras quebradas, e o já famoso Cunha, que age como aloucado, mas que de doido não tem nada. Lá de onde eu vim, do coração robusto do sertão, doido é quem rasga dinheiro ou come merda… E não me consta que qualquer dos dois tenha ficado desatinado.
Mas alguma coisa de diferente está acontecendo ou vai acontecer. Quem sabe não será como a ventania que antecede as tempestades? O tempo está ficando escurecido em pleno meio-dia…
Quando abro o jornal e vejo as declarações da ministra Cármen Lúcia, do egrégio STF, dizendo, sem que lhe tenham perguntado, que é contra o impeachment, incompatibilizando-se por adiantar seu entendimento no mais que provável julgamento do processo de afastamento da confusa presidenta (sic) da Presidência que mal e porcamente exerce, fico pensando em quão confusa está a situação política do nosso país.
OUSADIA DOS CANALHAS
Conheço a ilustre ministra de priscas eras: natural de Montes Claros (eu pensava ser de Espinosa), foi advogada geral do Estado no proveitoso governo de Itamar Franco e professora de direito constitucional, indicada para o alto cargo de ministra do STF por forças prestigiosas do nosso Estado e da esquerda católica de São Paulo, chefiada por d. Paulo Arns, de quem sempre foi aliada.
Nessa mesma entrevista, a ilustre ministra usa termos fortes ao declarar: “Nós, brasileiros, precisamos assumir a ousadia dos canalhas, acrescentando que o arrojo não pode ser de pessoas que não cumprem as leis, que usam o espaço público para interesses particulares”.
Fiquei triste com essa declaração da Cármen. É que nem fantasiado de palhaço eu conseguiria ter esse tipo de ousadia… Sou inútil para quase tudo na vida, e já quase matando urina com pau, com medo de cobra, eu não conseguiria enganar ninguém com esse tipo de ousadia. Será mesmo que ela falou isso?
VEM AÍ O DIA D
Bem, mudando de assunto e continuando no mesmo, sonhei dia desses que estávamos próximos do “Dia D”. Nada a ver com a invasão da Normandia, outro Dia D, o dia em que o Dirceu resolver abrir o bico. É que fui dormir impressionado com a declaração de outro homem importante da nossa vida política, o vaidoso ex-presidente Fernando Henrique, aconselhando a presidenta (sic) a renunciar, num “ato de grandeza”. Grandeza uma ova… Ele, o Fernando, esqueceu que ela, Dona Dilma, só está na Presidência porque ele criou, por vaidade, a famigerada reeleição, responsável por toda essa desgraceira que anda acontecendo por aqui.
E voltei a dormir…

Reforma administrativa inclui venda de imóveis da União


Pedro do Coutto
Reportagem de Catarina Alencastro, O Globo, e de Marina Dias, Andréia Sadi e Valdo Cruz, Folha de São Paulo, edições de 25, revelam que os ministros Nelson Barbosa e Joaquim Levy anunciaram que a reforma administrativa do governo deve ser encaminhada ao Congresso em setembro e inclui, além da redução do número de ministérios, a venda de imóveis da União para fortalecer a caixa financeira da administração federal. Estranho que tal iniciativa, complementar à entrevista de Dilma Rousseff publicada na véspera tenha sido informada pelos titulares do Planejamento e da Fazenda e não pela própria presidente da República.
Os dois ministros ressaltaram o corte de gastos públicos em conseqüência. Porém, examinando-se a questão sob este ângulo, mais importante, isso sim, será o efeito no campo da ação administrativa, já que é praticamente impossível coordenar simultaneamente a atração de tantas pastas. Alguns delas coincidentes, com é o caso da Agropecuária e da reforma Agrária. No fundo, são dois temas inseparáveis. O Ministério da Pesca completa o triângulo que marca o tema da produção de alimentos.
E também a questão das terras agriculturáveis. Isso porque o Movimento dos Sem Terra existe há mais de doze anos. Afinal de contas qual a razão de sua existência? Só pode repousar no fato de o processo para solucionar o problema da reforma agrária não ter, até agora, alcançado sucesso. Caso contrário, o MST teria se transformado numa associação de pequenos produtores rurais.
O mesmo raciocínio se aplica ao Movimento dos Sem teto. Se o problema estivesse pelo menos equacionado este Movimento não estaria ainda na marca zero. Inércia administrativa, portanto, em ambos os casos. Não pode haver outra explicação. Fornece também a impressão de que os líderes desejam, no fundo, que os problemas sociais dessa importância se eternizem.
SINDICALISMO
Isso ocorre em larga escala no sindicalismo. Não só no Brasil. Em vários países os movimentos sindicais, levando em conta bases legítimas de reivindicação, ao passar do tempo, sobrevivem, não da solução, mas na verdade da falta de solução dos problemas existentes nas diversas classes sociais. Mas esta é outra questão.
O fato é que a reforma Administrativa, ao incluir a venda de imóveis da União, renderá pouco. Muito pouco. Sobretudo em relação à dívida pública federal, cujo montante alcança em torno de 3 trilhões de reais. Quanto custa esse endividamento só no que se refere ao desembolso do tesouro, como o pagamento anual de juros aos detentores das NTNS, a grande maioria na posse dos bancos e fundos de financiamento e aposentadoria complementar.
MINISTÉRIOS
O ministro Joaquim Levy referiu-se à redução dos ministérios dizendo que aumentará a eficiência e a produtividade do próprio governo. Está certo. Quanto menos ministérios, melhor. Sobretudo para evitar complicação burocrática causada pela quantidade excessiva e que incluem atribuições paralelas, às vezes coincidentes, outras vezes conflitantes. Há necessidade de diminuir a máquina pública, pesada demais, lenta em demasia, custosa em excesso, e pouco eficiente. Basta ver o tempo de demora que marca as decisões previdenciárias e judiciais.
A legislação por si é demais complicada. A burocracia impera e obstrui o desenvolvimento do país. Em todos os terrenos, em todas as áreas. A reforma administrativa antes de mais nada, exige modernização. No lugar de arcaicas práticas de atuação que fazem o Brasil, às vezes, retroagir e se encontrar com o passado e não partir do presente ao encontro do futuro.

Planalto tenta responder as acusações de Gilmar Mendes


Nenhum governo combate a corrupção com este, diz Cardozo
Denise Rothenburg e Eduardo Militão
Correio Braziliense
As afirmações do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes em entrevista publicada pelo Correio ontem enfureceram o governo e o PT, a ponto de o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, se prontificar a responder.
O que mais irritou o governo, em especial a presidente Dilma Rousseff e os ministros, foi Mendes dizer que “o uso de recursos de estatais para atividade política não se trata de acidente, mas de um método de governança”.
Para o governo, entretanto, Mendes ultrapassou todos os limites. “Um governo que tem como método a corrupção não se investiga nem cria mecanismos para essas investigações”, disse Cardozo. “Quem regulamentou as delações premiadas foi o nosso governo. Do governo Lula para cá não nomeamos engavetadores. Antes do governo Lula, tínhamos ausência efetiva de políticas e mecanismos de combate à corrupção, que, no Brasil, não nasceu hoje, é histórica.”
ENGAVETAMENTOS
O ministro da Justiça afirmou ainda não se lembrar de um tempo em que o Supremo debatesse tantos casos de corrupção. “E não é que não tenha existido, e sim porque a maioria dos processos nem chegava lá. Eram engavetados antes”, comentou.
Cardozo, porém, não comentou o arquivamento pelo procurador-geral, Rodrigo Janot, do pedido do ministro Gilmar Mendes para investigar a gráfica VTPB, suspeita de ser uma empresa de fachada. A VTPB recebeu nas últimas eleições R$ 28 milhões, sendo R$ 16 milhões da campanha da presidente Dilma. O ministro estranha que a “empresa” que recebe esse enorme volume de dinheiro, não tenha um único funcionário contratado, não disponha de parque gráfico e não tenha sede aberta para funcionar.
NOTA DE JANOT
Ontem, a própria Procuradoria divulgou uma nota de esclarecimento para explicar que arquivamento se referia a um procedimento de maio e que, “conforme análise, não foram constatadas irregularidades praticadas pela empresa no que diz respeito às esferas eleitoral e penal”.
“Os fatos narrados não trazem indícios de que os serviços gráficos não tenham sido prestados nem apontam majoração artificial de preços. Por isso, a PGE manifestou-se pelo arquivamento do procedimento. Cabe destacar que outras representações continuam em andamento na Procuradoria-Geral da República”, diz o texto.
Na entrevista ao Correio, Mendes citou outra empresa que considera suspeita, a Focal, que trabalha com comunicação visual.

Aprenda a preparar sardinha grelhada com molho vinagrete


Arrume as sardinhas em uma travessa e sirva com o molho e com mais azeite, se desejar

por
iG - Receitas
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
Foto: Reprodução
INGREDIENTES
½ xícara (chá) de azeite
2 cebolas cortadas em gomos finos
3 tomates sem pele e sem sementes, picados
1 cenoura pequena cortada em cubinhos
3 talos de salsão cortado em cubinhos
2 colheres (sopa) de salsinha picada
1 folha de louro
3 colheres (sopa) de vinagre de vinho branco
Sal e pimenta-do-reino a gosto
12 sardinhas limpas, sem a espinha dorsal
½ xícara (chá) de farinha de trigo
2 xícaras (chá) de óleo para fritar
MODO DE PREPARO
Em uma panela grande, aqueça 2 colheres (sopa) do azeite em fogo médio e refogue a cebola até murchar. Junte o tomate, o louro esmigalhado, a cenoura e o salão e refogue por 2 minutos. Regue com o vinagre e acrescente sal e pimenta. Abaixe o fogo e deixe ferver por 1 minuto. Retire do fogo, junte mais 2 colheres do azeite, misture e reserve.
Tempere as sardinhas com sal e pimenta. Em uma grelha ou frigideira antiaderente, untada com azeite, aqueça bem e grelhe as sardinhas passadas rapidamente na farinha de trigo, aos poucos, por 4 minutos ou até dourar dos dois lados. Retire e deixe escorrer sobre papel-toalha. Arrume as sardinhas em uma travessa e sirva com o molho e com mais azeite, se desejar.

Aprenda a receita e prepare frango grelhado ao molho barbecue com café


Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
Foto: Divulgação
Ingredientes
-- 4 filés de frango (500g)
-- 1 colher (chá) de sal
-- 1 dente de alho amassado
-- 1 colher (sopa) de azeite
Molho
-- 1 cebola picada
-- 1 colher (sopa) de azeite
-- ½ xícara (chá) de açúcar mascavo
-- 1 xícara (chá) de tomate pelado bem picado, com o molho
-- ½ xícara (chá) de Café Melitta passado na hora e bem forte
-- 1 colher (chá) de sal
-- 1 pitada de pimenta do reino
Modo de preparo:
Comece pelo molho.  Passe ½ xícara de café Melitta bem forte. Refogue a cebola no azeite e junte o restante dos ingredientes, inclusive o café. Abaixe o fogo e deixe cozinhar por cerca de 15 minutos. Se começar a secar, adicione meia xícara (chá) de água.
Tempere os files de frango com o sal e o alho e grelhe no azeite, dos dois lados, até que fiquem dourados e macios. Sirva com o molho.
Acompanhe com mandioquinha cozida e passada no azeite e brócolis refogado em alho e azeite.

Janot atua como “advogado” de Dilma, ironiza Gilmar Mendes


Mais uma esperança perdida pelos brasileiros
Márcio Falcão e Gustavo Uribe
Folha
Vice-presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e integrante do STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Gilmar Mendes disse neste domingo (30) à Folha que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deveria se ater mais à instituição e não “atuar como advogado” da presidente Dilma Rousseff.
A declaração é uma resposta ao parecer de Janot pelo arquivamento de um pedido do ministro para investigar uma das empresas fornecedoras da campanha de Dilma.
No parecer, o procurador criticou a “inconveniência” da Justiça e do Ministério Público Eleitoral se tornarem “protagonistas exagerados do espetáculo da democracia”.
EMPRESA-FANTASMA
O ministro disse estar convicto de que é preciso investigar a empresa. A VTPB Serviços Gráficos e Mídia Exterior Ltda recebeu R$ 22,9 milhões da campanha petista por publicidade e materiais impressos.. “Continuo convencido da necessidade da investigação diante da relevância dos fatos, independente da questão eleitoral”, disse Mendes.
E finalizou: “O procurador deveria se ater a cuidar da Procuradoria Geral da República e procurar não atuar como advogado da presidente Dilma”, afirmou o ministro.
PARECER “TÉCNICO”
Janot afirma que sua decisão de não apurar a empresa foi técnica. No parecer, o procurador-geral da República afirmou que solicitou informações à gráfica, que enviou notas fiscais de serviços e modelos de santinhos e impressos.
O procurador argumentou que os fatos “não apresentam consistência suficiente para autorizar, com justa causa, a adoção das sempre gravosas providências investigativas criminais”. Sobre as críticas de Mendes, a procuradoria não comentou.

Petrônio e Dilma, uma diferença abissal


Petrônio acumulava sabedoria política
Sebastião Nery
No dia 7 de maio de 1977, Brasília era um cemitério cívico coveirado pelo general Geisel, que dias antes editara o Pacote de Abril, fechara o Congresso, rasgara a Constituição da Junta Militar e passara a legislar como um Nero em sua Roma tropical. Como sempre fiz ao descer na capital, liguei para Petrônio Portela, presidente do Senado.
– Ótimo. Vamos conversar. Passe amanhã cedo lá em casa.
Fui. Gravador sobre o sofá, quatro horas de uma interminável, direta, vibrante conversa. De quando em quando, ele punha o dedo no stop, desligava e dizia coisas dos bastidores, impublicáveis, apenas para meu conhecimento. Lembro da defesa calorosa do nome do general Figueiredo (era maio de 77, dois anos antes da escolha, e ele ainda não sabia o que Geisel pensava) e uma análise crua, dura sobre o “despenhadeiro” (expressão dele) que seria a chegada do general Sylvio Frota ao Planalto.
Saí de lá, no dia seguinte o “Correio Braziliense” e a “Ultima Hora” do Rio publicavam páginas inteiras com toda a conversa, sob uma manchete que Oliveira Bastos plantou na primeira página:
“Petrônio, o Bedel do Sistema: porque não aceito a Presidência”.
PRESIDÊNCIA
– “Como? Eu, presidente da República agora em 1978? Mas, para que você não imagine que esteja a fugir de responder frontalmente a uma pergunta saindo pela via oblíqua, eu lhe diria tranquilamente: – acho que se desclassifica para o posto todo aquele que não tiver plena consciência da realidade brasileira e não souber da sua valia ou desvalia para o exercício do cargo maior da República. Eu tenho.
Sei que não teria agora as condições políticas indispensáveis ao exercício do cargo. Seria obrigado, na Presidência, a mostrar sempre os meus trunfos E o presidente da República é um homem que, quando senta na cadeira presidencial, já deve ostentar perante a Nação os seus títulos, os seus atributos, os seus trunfos. E marquei pontos na vida política porque sou um realista. Impõem-se títulos que não ostento”.
É uma pena que Dilma não tenha conversado com Petrônio.
HONESTIDADE
Petrônio falava e o gravador gravava:
– ”Eu diria que outro fator fundamental na minha vida pública é a honestidade com que marco minha vida em qualquer plano. Não mistifico, não adultero, não falseio, sou sempre autêntico, autêntico sem aspas, e tenho para mim que isto tem praticamente dissolvido muitas coisas que contra mim se tenta improcedentemente.
No Senado, onde de fato fiz uma carreira como poucos, jamais se arrolou contra mim gesto menos nobre, uma atitude que me abastardasse, ou me desconceituasse perante os meus companheiros. Isso me confere uma certa autoridade, da qual faço uso em qualquer posto que ocupe”.
“DILMENTIRA”
Em hipótese alguma Dilma poderia dizer isso, falar como Petrônio falava. Ninguém acredita nela e por isso ninguém a respeita. Quem se tornou a “Dilmentira” perdeu as condições para ser acreditada quando fala. A Dilma das pedaladas é a Dilma das enganações. A Dilma dos números proclamados na campanha é a Dilma dos números desmentidos dias depois.
Na campanha a Dilma mentiu tanto insistentemente, tão desfaçatezmente, que não consegue mais falar em publico porque se embrulha nas próprias frases, tropeça na própria alma, Está condenada a carregar o João Santana a tiracolo, como uma bolsa, uma Louis Vuitton da mentira, para ler apenas o que ele escreve. Sem João Santana ela engasga.
E o azar dela é que o João Santana está na Argentina. Mentindo lá.
PIAUÍ
Petrônio falava e o gravador documentava:
– “E quanto ao fato de ser do Piauí, considero um privilégio, porque tenho a impressão de que foi daquela ambiência do lar que tive, da ranzinzice de meu pai, da marginalização do meu povo, que aprendi a ser duro, resistente, tenaz, munindo-me do instrumental indispensável a algumas vitórias que considero etapas normais da vida de quem luta”.
Em um pais tão generosamente grande, onde felizmente todos somos de tantos Estados diferentes (eu sou um múltiplo baiano-mineiro- carioca), ela se perde e perde o afeto de suas gentes que não se identificam com ela. Não pode mais entrar em um restaurante em Minas ou no Rio Grande, com medo de ser vaiada. Tentou misturar-se com os bois de Barretos. Foi pior.
Deus te perdoe teus muitos pecados, Dilma. Sobretudo os da mentira.
LIVRO
(A integra da conversa com Petrônio está em meu livro “Ninguém Me Contou Eu Vi – O Brasil de Getúlio a Dilma” (Editora Geração).
É uma homenagem ao saudoso amigo, que sábado (12-9) faria 90 anos.

TSE despreza Janot e vai dar seguimento à ação contra Dilma


Janot acaba de ser colocado em seu devido lugar pelo TSE
Deu na Agência Brasil
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) informou nesta segunda-feira que vai dar continuidade à apuração e julgamento de processo contra a campanha da presidente Dilma Rousseff, mesmo após o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ter se manifestado pelo arquivamento de parte da ação que contesta contratação de uma gráfica. O tribunal não tem prazo para concluir o julgamento.
No parecer, Janot argumentou que as contas de campanha de Dilma foram aprovadas pelos ministros do TSE, com ressalva, em dezembro passado e o prazo para recursos terminou.  O procurador disse ainda que não há indícios de irregularidade na contratação da gráfica VTPB Serviços Gráficos e Mídia Exterior Ltda pela campanha de Dilma. A manifestação de Janot foi em resposta a um pedido do vice-presidente do TSE, Gilmar Mendes, relator da prestação de contas da campanha eleitoral, para investigação da gráfica.
No despacho, datado de 13 de agosto, Janot disse que “outro fundamento para o arquivamento ora promovido: a  inconveniência de serem, Justiça Eleitoral e Ministério Público Eleitoral, protagonista – exagerados – do espetáculo da democracia, para os quais a Constituição trouxe, como atores principais, os candidatos e os eleitores”.
Segundo o texto, os fatos apontados pelo vice-presidente do TSE não apresentam “consistência suficiente para autorizar, com justa causa, a adoção das sempre gravosas providências investigativas criminais”.
Assessores do ministro Gilmar Mendes informaram que foram reunidos documentos e informações noticiadas pela imprensa para pedir a investigação.
GRÁFICA-FANTASMA
O processo teve início após denúncia apresentada pela Coligação Muda Brasil, do então candidato Aécio Neves (PSDB). Na denúncia, a coligação questiona várias pontos da campanha de Dilma, entre eles o pagamento de R$ 16 milhões à gráfica citada para impressão de material de campanha. Segundo a ação, a gráfica não funciona no endereço informado e não teria estrutura para concluir o serviço. A coligação também questiona o motivo de todo o material, que seria distribuído em várias cidades do país,ter sido entregue em um único endereço de Porto Alegre.
O TSE informou que, além do Ministério Público, foram encaminhados pedidos de apuração a outros órgãos, como a Receita Federal e o Conselho de Controle de Atividade Financeira (Coaf), para se manifestarem e investigarem a origem da empresa.
OPOSIÇÃO
Partidos de oposição na Câmara criticaram a decisão de Janot. Em nota, divulgada neste domingo (30), os líderes Rubens Bueno (PPS), Carlos Sampaio (PSDB), Arthur Maia (SD) e Mendonça Filho (DEM) destacaram que o despacho do procurador-geral “causou estranheza” às legendas.
“No processo eleitoral, eleitores, partidos, Justiça Eleitoral e Procuradoria têm papéis distintos e complementares e é fundamental que todos cumpram o que lhes cabe, com equilíbrio e isenção”, afirmaram.
Os deputados destacaram que maioria dos ministros do TSE votou a favor do prosseguimento da ação “para investigar as graves denúncias de ilícitos, alguns deles apontados não pelas oposições, mas por colaboradores no bojo da Operação Lava Jato, que vem tendo como justo ‘protagonista’ exatamente o Ministério Público Federal, o que justificaria ainda mais o avanço das investigações”.

TSE vai investigar também a gráfica que deu propina a Vargas


Gráfica pagou a Vargas e levou um calote do PT
Daniela Lima e Graciliano Rocha
Folha
Uma gráfica que pode ter repassado propina para o ex-deputado André Vargas, que deixou o PT no ano passado, está entre os alvos da investigação promovida pelo ministro Gilmar Mendes, integrante do STF (Supremo Tribunal Federal) e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), nas contas da campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição.
A gráfica Braspor emitiu uma nota fiscal de R$ 350 mil como comprovante de prestação de serviços à campanha de Dilma que não foi declarada pelo comitê da petista à Justiça Eleitoral. Por isso, caiu na malha fina do TSE.
A empresa é fornecedora do PT há anos e também prestou serviços a outros partidos, como o PSDB e o PSB. Ela virou alvo da Lava Jato ao lado de várias firmas que repassaram dinheiro a uma empresa fantasma de André Vargas, hoje preso em Curitiba por suspeita de envolvimento com a corrupção na Petrobras.
TRÊS DEPÓSITOS
Entre 2013 e 2014, a Braspor fez ao menos três depósitos na conta da LSI, a empresa mantida por Vargas. Os pagamentos somaram R$ 79 mil.
Segundo o Ministério Público, o dinheiro era pago por indicação da agência de publicidade Borghi/Lowe, que tinha vários contratos com o governo. Ela subcontratava as firmas para executar serviços e, em troca, pedia que repassassem parte dos ganhos à empresa de Vargas.
Ao examinar as contas da campanha de Dilma, o TSE encontrou a nota fiscal da Braspor mas não localizou referência à gráfica na prestação de contas do PT. Por isso, o ministro Gilmar Mendes incluiu a Braspor numa lista de empresas que mandou a Secretaria de Fazenda do Estado de São Paulo investigar.
VINTE EMPRESAS
Só em São Paulo, Mendes pediu que a Fazenda checasse a situação de 20 empresas que prestaram serviços à campanha de Dilma. O ministro também pediu informações a órgãos de outros Estados, como Santa Catarina.
Os fiscais da Fazenda paulista estiveram na Braspor e relataram a Mendes que a gráfica confirma ter sido contratada pelo PT, mas diz que não recebeu o pagamento pelo serviço prestado até hoje.
Procurado pela Folha, Paulo André, um dos sócios da Braspor, disse que produziu 35 mil triedos, uma espécie de totem de papelão com três faces, com imagens de Dilma e do então candidato do PT a governador de São Paulo, Alexandre Padilha. Ele diz que ficou “chateado” por não ter recebido pagamento.
Nesta semana, Gilmar Mendes pediu ao Ministério Público de São Paulo que investigue uma empresa registrada em nome da empregada doméstica Angela Maria do Nascimento, em Sorocaba (SP), que recebeu R$ 1,6 milhão da campanha petista.
OUTRO LADO
Por meio de nota, o PT afirmou que a Braspor não aparece na prestação de contas da presidente Dilma Rousseff por nunca ter sido contratada pela campanha.
A versão dos donos da Braspor é que a empresa prestou o serviço, entregou o material de campanha e levou um calote de R$ 350 mil da campanha de Dilma.
“Não faço ideia de por que a campanha não declarou. Lançamos a nota porque era nossa obrigação de fornecedor”, disse Paulo André dos Santos Gomes, um dos sócios.
“Fico chateado por não ter recebido até hoje. Não é um valor pequeno”, queixou-se.
Gomes disse não se lembrar dos pagamentos à empresa do ex-deputado André Vargas, preso na Lava Jato.

Em evento, Moro diz que Brasil “perdeu a dignidade” com corrupção



Moro é um dos palestrantes do evento ‘Exame Fórum 2015′, promovido pela Revista Exame, que acontece nesta segunda (31).
Durante sua palestra Moro criticou o lamaçal de corrupção que vem encoberto o Brasil e disse que o país “perdeu a dignidade” diante do quadro de corrupção sistêmica escancarado pelo quadro bilionário de desvios de recursos que se instalou na Petrobras.
“Perdemos a dignidade. Temos dificuldade de encarar a nós mesmos diante do espelho, perante a comunidade internacional, diante de um quadro de corrupção sistêmica”
Moro também salientou a necessidade de se fazer uma “faxina interna” nas empreiteiras brasileiras, já que são algumas das maiores envolvidas nos escândalos de corrupção no país. O Juiz foi efusivamente aplaudido pela plateia que acompanhou sua palestra. (Com: Veja)

Gilmar Mendes chama Janot de "advogado de Dilma".


(Folha) O ministro Gilmar Mendes, integrante do STF (Supremo Tribunal Federal) e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), reagiu com duras críticas aos termos usados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em parecer pelo arquivamento de uma investigação nas contas da campanha de Dilma Rousseff. 
Mendes disse à Folha que Janot deveria "se ater a cuidar da Procuradoria da República e procurar não atuar como advogado da presidente". O pedido, feito por Gilmar, mirava apurar uma gráfica, a VPTB, que recebeu R$ 22,9 milhões do comitê petista, mas não funciona no endereço em que está registrada –a VTPB nega irregularidades. 
O ministro disse ainda estar "convencido da necessidade da investigação diante da relevância dos fatos, independente da questão eleitoral". Sob condição de anonimato, outros membros do TSE reprovaram os termos usados por Janot. No parecer, o chefe do Ministério Público Federal disse julgar "inconveniente" que a Justiça Eleitoral e o seu órgão se tornassem "protagonistas exagerados do espetáculo da democracia". 
OPOSIÇÃO
O parecer também despertou reações entre líderes dos partidos de oposição a Dilma, em especial no PSDB. Na peça, o procurador diz que "não interessa à sociedade que as controvérsias sobre a eleição se perpetuem" e recomenda que "os eleitos devem usufruir das prerrogativas de seus cargos" e, os derrotados, "conhecer sua situação e se preparar para o próximo pleito". 
O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), que disputou o Planalto em 2014 como vice do colega Aécio Neves (PSDB-MG), disse que Janot pareceu querer dar "lições de moral" à oposição, o que "não cabe na pena de um procurador-geral, cuja função é investigar indícios de crimes". Em outra frente, líderes da oposição a Dilma na Câmara divulgaram nota dizendo que "a 'pacificação social', aludida pelo procurador, só virá quando não pairarem dúvidas sobre os métodos utilizados pelos candidatos para vencer as eleições". 
No texto, os líderes do PSDB, DEM, PPS e SD ressaltam ainda que algumas das suspeitas de irregularidades que pairam sobre a campanha de Dilma foram reveladas pela operação Lava Jato, conduzida pela Procuradoria e pela Polícia Federal. 
Após as reações, a assessoria do Ministério Público divulgou nota segundo a qual o parecer "foi estritamente técnico" e que segue a avaliar outras representações sobre a campanha petista. Sobre o caso, diz que "os fatos narrados não trazem indícios de que os serviços não tenham sido prestados pela gráfica, nem apontam majoração artificial de preços". 
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Economistas projetam PIB em (-)2,26 em 2015 e (-)0,40 em 2016.

  É Dilma e o PT quebrando o Brasil com apoio do PMDB.

Pelo apoio que dá ao PT e a Dilma, o PMDB é tão ou mais culpado da crise econômica do país. É outro câncer que deve ser extirpado da vida política do país. Estão roubando o que podem: cargos, posições, ministérios, os peemedebistas são aqueles ladrões de galinha que ficam buscando cada "sobrinha" em cada canto dos cofres públicos. Ratos magros!!!
(O Globo) Os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) na pesquisa Focus mais uma vez reduziram as perspectivas para o PIB. A projeção para o resultado da atividade econômica neste ano caiu pela sétima semana seguida, passando de -2,06% para -2,26%. Para 2016, a previsão piorou pela quarta semana consecutiva: em vez de um recuo de 0,24%, como previsto no último boletim, agora, espera-se uma baixa de 0,40%.
Já a projeção para a inflação de 2015 foi aliviada pela segunda semana seguida, após uma maratona de 17 altas consecutivas. O número, no entanto, ainda é muto alto: 9,28%. A expectativa para o ano que vem, por outro lado, foi elevada pela quarta semana, a 5,51%.
 
A queda de 1,9% no PIB do segundo trimestre deste ano, divulgada na última sexta-feira pelo IBGE, foi maior do que a prevista por analistas. Economistas consultados pela agência de notícias Bloomberg estimavam, na média, uma retração de 1,7%. Isso levou a revisões imediatas do resultado para o ano. Logo após a divulgação do instituto, bancos e consultorias anunciaram novos números: o pior deles prevê que a atividade econômica encolherá 2,7% este ano.
A deterioração das projeções para o PIB de 2015 também puxa para baixo a expectativa para o ano que vem. Há apenas quatro semanas, a pesquisa do BC mostrava que a economia encolheria menos de 2% em 2015, com um recuo de 1,80%. O dado referente a 2016 ainda aparecia no azul, com uma projeção de leve expansão da atividade econômica de 0,20%. Quando o número de deste ano ultrapassou a barreira dos 2%, com perspectiva de encolhimento de 2,01%, a projeção do ano seguinte também entrou no vermelho, em -0,15%.
Já a inflação de 2015 deu trégua pela segunda semana seguida. Em vez de 9,29%, a expectativa para este ano é que o IPCA fique em 9,28%. O relatório divulgado na semana passada mostrara, pela primeira vez desde abril, uma redução na expectativa para o índice oficial de preços este ano.
Por outro lado, houve piora pela quarta semana seguida na perspectiva para a inflação no ano que vem. Em vez de um IPCA de 5,50%, os economistas apostam que a taxa fique em 5,51% — acima da meta de inflação do Banco Central, que é de 4,5%, podendo variar dois pontos para cima ou para baixo.
Em relação ao dólar, o relatório Focus mostrou a manutenção da taxa de câmbio prevista tanto para o fim de 2015 quanto para 2016. Depois de cinco altas seguidas, os economistas mantiveram em R$ 3,50 o valor esperado para a moeda americana em dezembro deste ano. Já para o ano que vem, a previsão foi mantida pela segunda semana consecutiva em R$ 3,60.
A taxa básica de juros, a Selic, deve ser mantida no atual patamar, de 14,25%, segundo os economistas, que não alteraram essa projeção pela quinta semana seguida. Para o ano que vem a pesquisa mostrou manutenção da expectativa em 12%.
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Sete de setembro, um povo, um grito: Independência ou morte!



Autor: Robson Merola de CamposO dia em que se comemora a Independência do Brasil de Portugal está se aproximando. Os tempos atuais são turbulentos e nuvens escuras cobrem o horizonte. O Brasil vive o limiar de uma nova era. As mudanças são visíveis e consistentes. O velho jeito de fazer política no Brasil exala seus últimos suspiros. O brasileiro está acordando de uma longa letargia, onde ele fingia não ver o descalabro e a corrupção e os governantes fingiam que se importavam com o povo e com o país. Mas, ainda há muito que se fazer.
Sempre que alguém critica a situação atual, aparece uma pessoa, normalmente ligada ao PT, e quer tenha boa intenção ou não, passa a acusar outros partidos políticos de também serem corruptos. Dá-se a impressão de que quem critica o governo atual automaticamente apoia a duvidosa oposição, capitaneada pelo PSDB. Ledo engano! Uma coisa não tem nada a ver com a outra. É preciso que se compreenda que quem hoje pretende ver a saída da presidente Dilma do poder, ou, no mesmo mote, quer que todos os outros que cometeram crimes relacionados aos fatos atualmente investigados sejam (com a garantia dos direitos constitucionais do contraditório e da ampla defesa) processados, exemplarmente condenados e cumpram suas penas, não é necessariamente filiado ou simpatizante do PSDB. Significa apenas que é contra a corrupção e a incompetência. Não importa se o criminoso (e corrupto é criminoso) é deste ou daquele partido. E não importa se a pessoa é um empresário ou um ex-presidente da República. A lei tem que ser igualmente rigorosa e valer para todos.
Há poucos dias, um amigo me disse que o Brasil, nem nos piores tempos da hiperinflação viveu período de tamanha falta de comando como atualmente. O que se percebe é que o atual governo está completamente perdido, atirando para todos os lados e tentando convencer, na base da pura retórica e marketing, que a culpa da crise não é de quem nos governa, mas, digamos, das “estrelas”... Quanto à corrupção limita-se a acusar os políticos de outros partidos de também serem corruptos, como se um crime justificasse o outro. As desculpas e os discursos são tão esfarrapados e inúteis que às vezes são quase dignos de dó. E digo quase, pois, não é possível sentir compaixão de quem tão acintosa e conscientemente mentiu e dilapidou o patrimônio nacional. E continua fazendo isso. No processo, vai quebrando o Brasil e atrasando o nosso desenvolvimento.
Nos próximos dias veremos diversas manifestações de civismo pelas ruas do Brasil. É tradição hastear-se o Pavilhão Nacional, no Altar da Pátria. O Hino Nacional será cantado em alto e bom som. Lembro-me dos meus tempos de criança quando participar do desfile de Sete de setembro era uma verdadeira honra. Na minha cidade, quando o Tiro de Guerra desfilava garboso pela rua principal, sua fanfarra fazia tremer de emoção o público que se acotovelava nos passeios. À sua testa seguiam os orgulhosos veteranos da FEB com seus ternos surrados, mas impecavelmente limpos e engomados que guardavam para usar só naquelas ocasiões. No peito ostentavam as medalhas legitimamente conquistadas com o sangue derramado nas montanhas geladas dos Apeninos italianos. Nenhum desses veteranos recebeu qualquer indenização pelos sofrimentos da guerra distante; suas roupas refletiam a humildade dos seus parcos proventos. As escolas, públicas ou particulares, treinavam com afinco seus grupamentos de alunos para o desfile cívico. Tinham suas próprias fanfarras e os instrumentos eram enfeitados com bandeiras do Brasil, de Minas Gerais e da cidade. Sete de setembro era motivo de orgulho para todos nós. Mas eram outros tempos: nas escolas se ensinava Educação, Moral e Cívica, a respeitar os mais velhos, a cantar o Hino Nacional e a amar o Brasil.
Comparar o Brasil de hoje com o Brasil de 30 ou 40 anos atrás é impossível. São realidades sociais, econômicas, tecnológicas ou culturais complemente diferentes. Mas, é preciso fazer um paralelo em outro aspecto, e este é intimamente ligado com a Semana da Pátria. É preciso que se indague onde foi parar aquele patriotismo genuíno que sentíamos? Por que o perdemos ao longo do caminho? Onde foi parar a nossa salutar inocência pueril? Com certeza não foi a “luta armada” que destruiu a nossa inocência ou minou o nosso patriotismo. Foram os anos seguintes, quando aqueles que empunhavam o fuzil e a granada conseguiram pelo voto (fraudado ou não) alcançar o poder. Os guerrilheiros de ontem eram bem menos perigosos e davam muito menos prejuízo do que os governantes de hoje. São as mesmas pessoas, mas, muito mais perigosas e destrutivas nos dias atuais. Nos anos 1960 explodiam bancos e quartéis. Hoje, implodem o Brasil.
O fato é que naqueles tempos tínhamos um país mais brasileiro e menos bolivariano. Sentíamos orgulho da nossa bandeira e tínhamos esperança de um futuro melhor. Para nossa infelicidade, acreditamos nas falsas promessas dos falsos profetas. Que triste! Fomos vítimas de poderoso engodo. Foi preciso que o país viesse à bancarrota e que aparecesse um Juiz Federal que só tem compromisso com a Lei e a Justiça para que começássemos a perceber tudo que nos foi tirado. No processo, a frustação foi tomando conta de todos nós.
A corrupção perpetrada pelos dirigentes do Partido dos Trabalhadores nos roubou muito mais do que o dinheiro dos nossos impostos ou a renda das nossas estatais. Roubou-nos a esperança de dias melhores. Roubou-nos a dignidade, o orgulho, a confiança na figura da autoridade. O PT transformou o Brasil numa terra sem lei e sem ordem, onde a vida humana passou a não ter qualquer valor, onde a terrível e vergonhosa “Lei de Gerson” tornou-se a ordem do dia no aparelhamento vergonhoso e escancarado de nossas instituições públicas. O PT nos levou muito mais do que o nosso dinheiro: levou o sonho do futuro melhor, que hoje é terra árida, tão árida quanto o sertão nordestino.
Recuperar o orgulho de sermos brasileiros depende exclusivamente de cada um de nós. Essa noção de impotência diante do poder do aparelhamento estatal é falsa. Ela nos é vendida exatamente como nos foram vendidas as outras mentiras. Quando as lideranças do PT gritam que impeachment é golpe ou retrocesso querem, mais uma vez, que nós brasileiros fiquemos envergonhados de lutarmos por um país melhor. A esquerda brasileira é especialista em calar o povo: para isso usa com maestria as armas que tem à sua disposição, especialmente a retórica. Não se constrange inclusive de ameaçar direta ou indiretamente, sob o silêncio cheio de esperançosa cumplicidade da presidente, de massacrar o povo brasileiro nas ruas, pela força das armas. Incrível e triste observar que as mais altas autoridades da República silenciam diante de tais ameaças. E quem, corajosamente se posiciona ao lado da sociedade civil, acaba sendo acusado de omisso e covarde. A letargia do brasileiro atingiu-lhe principalmente o cérebro: não consegue interpretar o sentido das palavras, nem ler nas entrelinhas. Quer o prato pronto e servido. Sinto muito, mas, não será assim dessa vez.
Em Sete de setembro de 1822, Dom Pedro I declarou a independência do Brasil de Portugal. Os críticos (e como os temos aqui em terras tupiniquins) desprezam o gesto de Pedro I, afirmando que o Brasil jamais se tornou independente; apenas trocamos o jugo português pelo jugo inglês, ou, mais recentemente pelo jugo americano. Sem entrar no mérito da questão, afirmo, sem medo de errar que está na hora de todos os brasileiros proclamarem um novo Grito do Ipiranga. É preciso que nos libertemos de vez da letargia e da vergonha de sermos brasileiros. É preciso recuperar o orgulho, resgatar a dignidade, e expulsar aqueles que nos oprimem. Deixamos de ser colônia de Portugal há quase 200 anos; está na hora de deixarmos de ser colônia do conformismo. Está na hora de cada brasileiro de bem (e somos maioria esmagadora, tenha certeza disso) descobrir que mudar o que está errado é fácil: basta querer. E só porque o futuro é incerto, não significa que precisamos continuar convivendo com a corrupção, a incompetência, a mentira, o aparelhamento estatal e as falcatruas que foram perpetradas ao longo dos últimos anos. Um governo que não atende os verdadeiros anseios populares e que governa na base da mentira e da corrupção não é legítimo. Os direitos do povo não foram concedidos por gentileza ou pela graciosa bondade do partido que ocupa transitoriamente o poder. Os direitos são nossos porque os conquistamos duramente ao longo dos séculos de história.
Entretanto, ao verem que o povo começa a se organizar e a se manifestar, a esquerda saudosa ameaça pegar em armas novamente. Acham que podem ganhar no grito. Não ganharão; nem no grito, e nem pela força das armas. Mas, se querem testar a nossa vontade ou a nossa determinação, que venham. O brado de Dom Pedro ainda ecoa no coração dos verdadeiros patriotas:
Independência ou Morte!!!
O Brasil pertence aos brasileiros. E, brevemente, nós iremos recuperá-lo.

Agenda do Ajuste sem Golpe.

  Ou é isso ou significa que o PT oficializará estar contra o Brasil.

dilma
Todas as propostas de “ajuste fiscal” vindas do PT e de seus aliados da extrema esquerda são golpe puro. Sempre se baseiam em fazer o povo pagar a conta do PT. Em qualquer época histórica em que isso aconteceu, sempre tivemos o mesmo: tirania.
Por outro lado, mais do que fazer oposição, é preciso fazer uma proposta positiva, isto é, a trazer nossa solução para o problema. Eis a proposta Ajuste Sem Golpe, que é uma proposta de ajuste fiscal, compartilhando os sacrifícios, mas completamente divorciada do golpe fiscal proposto pelo PT:
  • 80% do déficit tem que sair de cortes de gastos exorbitantes do governo
  • 20% do déficit deve sair de medidas temporárias de ajuste fiscal para o povo
O número é mais do que justo, uma vez que toda a crise foi causada pelo PT, portanto, é de lá que deveria sair a totalidade dos recursos. Os 20% do povo são a título de colaboração temporária. Porém, estes 20% estariam condicionados às seguintes sete regras iniciais, em geral aplicando o critério 80/20:
  1. Redução de ministérios ao número de 20. Porém, o governo não poderá selecionar os ministérios sozinho, mas isto deverá ser feito em Comissão integrada por membros do Executivo, da Câmara e do Senado.
  2. Redução de 80% dos cargos comissionados.
  3. Limitação de concessões da Lei Rouanet a no máximo 50 mil reais por projeto. E somente sob critérios objetivos. Em relação ao orçamento total, redução de 80% do orçamento deste órgão.
  4. Redução de 80% da verba gasta com publicidade institucional. Os 20% restantes só poderão ser gastos se passarem por uma comissão da Câmara, do Senado e do Executivo. Sem acordo, não há publicidade institucional de forma alguma.
  5. Proibição de verbas estatais de anúncios vindas de empresas monopolistas. Isto por si só daria uma economia de 2 bilhões de reais por ano, evitaria a compra de mídia e aumentaria a pressão por resultados do governo. No geral, meta de redução de 80% de gastos com anúncios estatais nas mídias. 
  6. Criação de critérios de isonomia para anúncios na Internet. Além disso, redução de 80% nos gastos com anúncios de Internet.
  7. Fim do imposto sindical, para aliviar o custo dos trabalhadores. Os sindicatos deverão criar outra forma de receber a verba de forma voluntária. (Isto é uma compensação pelo sacrifício do povo pelos 20%)
Estes itens podem e devem ser expandidos, mas sempre lembrando que a responsabilidade da crise é do PT, não do povo. É do PT que deve sair a maior cota de sacrifícios.
Agora é só apresentar no Congresso, e chamar o PT para a conversa, dizendo: “Ou é discutir esta agenda, ou é ficar contra o Brasil”.

Inadimplência em alta desafia síndicos


Atrasos nas taxas de condomínios crescem e complicam manutenção de serviços. Secovi Goiás afirma que problema é nacional
JORNAL O HOJE - GO

Thiago Burigato

Com a crise econômica pela qual passa o nosso país, nem só as contas de luz, telefone ou cartão de crédito passam da data de vencimento. Um levantamento divulgado na semana passada pelo Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), mostrou que naquele estado o número de ações por falta de pagamento do rateio condominial na capital paulista cresceu 31,6% em julho na comparação com o mês anterior. Nos últimos 12 meses, de agosto de 2014 a julho de 2015, foram protocoladas 10.780 ações. No acumulado do ano anterior, de agosto de 2013 a julho de 2014, foram registradas 8.530 ações, o que representa aumento de 26,4%.
Procurado pelo jornal O HOJE, o Secovi Goiás informou que não há um levantamento semelhante realizado no estado. No entanto, representantes do órgão afirmam que a tendência de aumento da inadimplência é nacional.
O assessor jurídico do sindicato goiano, Leonardo Avelino, pontua que é comum que situações de inadimplência costumem parar na Justiça. Uma vez que chega a esse ponto, porém, os problemas costumam ser resolvidos com facilidade. “A maioria dos condôminos paga para evitar o processo judicial”, diz.
Normalmente, casos desse tipo são levados até as cortes de arbitragem, onde os conflitos são mediados. A solução tem obtido grande sucesso, já que nesse modelo os imbróglios costumam ter um desfecho em até três meses. “Na Justiça comum, esse tipo de ação leva anos.” A reportagem buscou junto ao Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) a quantidade de casos levados às cortes de arbitragem, no entanto, o órgão não concluiu o levantamento a tempo do fechamento desta matéria.
Em casos de inadimplência, a legislação prevê que a única restrição permitida é a proibição de participar das assembleias do condomínio e votar. “O condômino pode estar presente, mas não tem voz”, explica Avelino. Assim, sanções como a restrição a certas áreas do condomínio ou inscrição do nome do devedor em órgão de proteção ao crédito não tem fundamento legal.
Ainda assim, as consequências podem ser graves para quem deixa de cumprir com suas obrigações em dia. A taxa de condomínio, assim como o IPTU, é taxa do imóvel, e não pessoal, ela pode ser levada a leilão para o pagamento das dívidas, mesmo que seja o único bem da família. E isso é possível independentemente da quantidade de parcelas que estejam atrasadas. “Se deixar de pagar uma taxa de condomínio, está sujeito. Alguns condomínios esperam muito tempo para tomar as medidas, mas isso só dificulta. É um incentivo a inadimplência”, opina Avelino. 
Problema faz síndicos contratarem empresa que assume taxas 
Uma saída encontrada por alguns condomínios para evitar os problemas com questões de pagamentos é a contratação de empresas especializadas em lidar com esse tipo de problema. Essa foi a solução encontrada por Kenneth Pereira, síndico do Residencial Cerrado, no Setor Jardim Bela Vista.
Segundo ele, no serviço contratado, o condomínio precisa demonstrar à empresa contratada o valor total que será necessário para o pagamento das contas daquele mês e recebe o dinheiro integral, com uma taxa de 8%. Já a empresa, por sua vez, fica com a íntegra das taxas pagas pelos condôminos. “Fizemos a mudança porque poucos pagavam na data certa e então sempre faltava na hora de pagar as contas do condomínio”, conta Pereira. “Estudamos o caso e a gente viu que esse seria o modelo mais rentável”.
Justiça
Por conta dos atrasos, o síndico se viu obrigado a entrar na Justiça algumas vezes para receber o dinheiro devido. No entanto, mesmo com os casos chegando às cortes de conciliação, nem sempre o resultado era o esperado. 
“Muitas vezes a gente acertava o parcelamento ou até um desconto para conseguir o pagamento, mas às vezes o morador passava por um momento de crise e não conseguia cumprir. Aí precisávamos acionar o morador para fazer valor o primeiro acordo”, relata. No entanto, ele relata que o modelo atual tem atendido às expectativas e a inadimplência chegou a quase zero.
Com o objetivo de resolver logo a inadimplência, alguns síndicos perdoam multas e juros, no entanto, podem ser penalizados. Em 2014, a Justiça do Distrito Federal condenou um síndico e subsíndico pela prática.

Síntese da Conjuntura - Diagnóstico da crise

A Confederação Nacional do Comércio (CNC), em seu boletim “Síntese da Conjuntura”, elaborado pelo economista e ex-ministro da Fazenda, Ernane Galvêas, faz as análises do atual cenário econômico. Veja abaixo o boletim quinzenal de agosto:
O Brasil tem tudo para dar certo: território, água, clima, mercado interno. De outro lado, tem tudo para dar errado: gigantismo do Governo, excessiva carga tributária, sufocante burocracia oficial, corrupção desmoralizante.
O problema mais crítico, no momento, é a dívida pública, que passou de 58,9% do PIB, em dezembro/14, para 64,6% atualmente (R$3.84,9 bilhões). Entre dezembro/14 e julho/15, a dívida aumentou R$432,4 bilhões, com destaque para o inexplicável peso dos juros fabricados pelo Banco Central, no montante assombroso de R$451,7 bilhões no período de 12 meses. A alta da Selic está arrasando as contas do Tesouro Nacional, sem maior proveito no combate à inflação.
Na área externa, o Brasil perdeu mercados por falta de competitividade dos produtos manufaturados e perdeu receita por causa dos baixos preços das commodities. De janeiro a julho, as exportações caíram 15,5%, queda de 19,4% para China, -9,0% para os Estados Unidos, -11,2% para Argentina, -29,7% para Holanda e Países Baixos; paralelamente, caíram as receitas de soja (-14%), minérios (-53,5%), petróleo (-32,5%), automóveis (-7,9%), ferro e aço (-2,8%), entre outros.
A inflação é nitidamente uma decorrência da política salarial. Como no Orçamento da União para 2016 prevê-se reajuste de 10% no salário mínimo, a inflação tenderá a seguir o mesmo curso, a não ser que se agravem o desemprego e a recessão econômica.
O Ministério da Fazenda luta pelo aumento de tributos e o corte de gastos, com várias medidas de pequeno alcance, mas, até agora, a única proposta que poderia surtir efeito foi a anunciada redução do número de Ministérios e dos servidores públicos comissionados, que está sendo questionada e poderá ser esvaziada.
No quadro geral, afigura-se extremamente improvável corrigir as distorções na administração pública dos Municípios, Estados e da União. Além da queda substancial dos royalties do pré-sal, parece uma tarefa impossível a redução dos gastos das Câmaras de Vereadores, das Assembleias Legislativas, do Congresso Nacional e do Judiciário, em geral. Ou seja, se não houver uma drástica Reforma Política e Administrativa, o País tem pelo menos alguns anos pela frente para conviver com as agruras dos problemas atuais.
Alguns acreditam que as grandes mudanças poderão começar a partir de 2018. É ver para crer.
34º ENAEX / AEB
O 34º Encontro Nacional de Comércio Exterior – ENAEX/AEB 2015 repetiu o sucesso das reuniões anteriores, reunindo 3.400 representantes de instituições, empresas e analistas do setor comércio exterior.
Estiveram presentes o Governador e o Vice-Governador do Estado, os Ministros da Fazenda, do Desenvolvimento da Indústria e Comércio Exterior, o Chefe da Secretaria dos Portos, o Presidente da APEX, os Presidentes da FIRJAN e da Associação Comercial, e o Dr. Benedito Moreira, Presidente do Conselho de  Administração da AEB. A CNC, que é patrocinadora do Enaex, esteve representada pelos Vice-Presidentes Darci Piana e Lázaro Gonzaga, pelo Diretor-Secretário, Bruno Breithaupt, e pelo Secretário-Geral da entidade, Marcos Arzua. Também estiveram presentes os Coordenadores das Câmaras do Comércio da CNC: André Roncatto (CBÓptica), Claudio Conz (CBMC, de Materiais de Construção), João Carlos Micelli (CBCGal, de Gêneros Alimentícios) e Rubens Medrano (CBCex, de Comércio Exterior).
O Presidente da AEB, José Augusto de Castro, abriu a reunião com ampla exposição sobre a difícil conjuntura do setor externo, enfatizando os problemas que constrangem as exportações brasileiras, tais como a pesada carga fiscal e a onerosa burocracia oficial que, ao lado das deficiências do sistema de transportes comprometem a produtividade e a competitividade dos produtos nacionais, que desde algum tempo vêm perdendo mercados para os países competidores mais eficientes.
O Governador Pezão acentuou os problemas vividos pelo Estado, mas destacou a confiança do Governo para sair da crise.
Em nome do Presidente da CNC, falou o ex-Ministro da Fazenda, Ernane Galvêas, destacando as dimensões da crise atual, em comparação com a crise dos anos 80 e 90, ocasionadas pelos dois choques do petróleo e dos juros internacionais, de que resultou a crise da dívida externa de então. Em análise das corajosas medidas adotadas para sanar as dificuldades daquela época, foi enfatizada a importância da abertura do mercado externo como solução para o balanço de pagamentos e da economia como um todo.
O Ministro da Secretaria dos Portos, Edinho Araújo, detalhou a longa lista de projetos em curso no setor portuário, principalmente em relação à dragagem e às medidas burocráticas, que estão sendo simplificadas.
O Ministro Armando Monteiro (MDIC) enfatizou as linhas básicas do Novo Programa de Desenvolvimento das Exportações, com destaque para os incentivos que estão sendo reforçados e a campanha para a realização de acordos comerciais, com os países latino-americanos do Pacífico, com o México, a China, os Estados Unidos e o Mercado Comum Europeu. Enfatizou, também, as providências relacionadas ao Mercosul e sua importância para a exportação brasileira de produtos industrializados.
O Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, encerrou a sessão de abertura do Encontro com uma clara explicação sobre o alcance das medidas de ajuste fiscal, firme ponto de partida para a reordenação da política econômica. O Governo tem uma preocupação primordial com a simplificação tributária e a segurança jurídica, como princípio fundamental para recuperar a confiança dos trabalhadores e dos empresários, indispensável à retomada do crescimento econômico e da garantia do emprego.
O clima de confiança do ENAEX foi altamente positivo, no sentido de cooperação com as autoridades do Governo, para encontrar as soluções e sair da crise. O comércio exterior é a primeira porta a ser aberta nesse sentido.
AS CAUSAS DA RECESSÃO
O Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, com muita razão, atribui a queda do PIB nacional em 2015 a fatores não econômicos e nega que as medidas do ajuste fiscal sejam responsáveis pela retração das atividades econômicas.
A nosso ver, parece óbvio que a queda nas atividades econômicas decorre, principalmente, da queda dos investimentos públicos, por falta de recursos, e dos investimentos privados, por falta de confiança. Faltam recursos ao Governo obeso, porque gasta mais do que arrecada e ainda paga uma enormidade de juros fabricados pelo Banco Central. No 1º trimestre, os investimentos da União e dos Estados caíram R$22 bilhões.
E por que falta confiança? Difícil resumir a explicação, mas basicamente, é uma situação que decorre da generalizada corrupção e do desentrosamento dos Três Poderes, especialmente entre o Legislativo e o Executivo. E, daí, a falta de perspectivas para a solução dos problemas mais evidentes.
Agrega-se a tudo isso a retração do mercado internacional pelo fim do ciclo de altos preços das commodities, devido à menor demanda da China, e ao recorrente clima de especulação em torno de uma elevação de juros no mercado norte-americano.
ATIVIDADES ECONÔMICAS
A crise econômica ganhou proporções trágicas e, mais grave ainda, está piorando. Entre abril e junho, o PIB nacional caiu 1,9%, acumulando no ano queda de 2,1%, podendo chegar a -3,0% no final do ano. Abaixo, o quadro da recessão, no 2º trimestre ante o primeiro, segundo o IBGE:
PIB -1,9%
Agropecuária -2,7%
Indústria -4,3%
Comércio e Serviços -0,7%
Investimentos -8,1%
Consumo das Famílias -2,1%
Consumo do Governo +0,7%
Exportação +4,3%
Importação -8,8%
De todos estes dados, o mais preocupante é a queda dos investimentos. Esse cenário trágico pode se estender até 2018.
Indústria
A atividade industrial está em queda desde 2010, com tendência acentuada de continuar caindo. Em 2014 caiu 6,3% e, neste ano, caiu 4,3% no 2º semestre, o pior resultado desde a crise de 2009. Mas, segundo a CNI, aumentou 3,7 pontos em julho. A produção de embalagens teve queda de 2,59%, mas o Grupo KLABIN registrou 16 trimestres consecutivos de crescimento.
A produção da indústria automobilística foi menor 17,8% em julho sobre junho, acumulando queda de 18,1% no 1º semestre, com licenciamento 21% menor. A produção de máquinas agrícolas e rodoviárias caiu 27,2% e as exportações perderam 10,0% em valor.
A produção de petróleo chegou a 2.125 mil barris/dia, em julho (+4,5% sobre 2014), devendo manter-se nesse nível até o final do ano. O setor imobiliário vendeu 110.276 unidades no 1º semestre, o dobro dos lançamentos. O índice de confiança da indústria (ICI) passou de 69,1% em julho para 68% em agosto (FGV).
Comércio
Em junho, o volume de vendas no comércio varejista caiu 2,7% em relação a junho/14, acumulando no ano queda de 2,2%, o pior 1º semestre desde 2003, com destaque para móveis e eletrodomésticos (-11,3%), livraria e papelaria (-8,3%). Regionalmente, destacaram-se na queda Goiás (-9,1%), Paraíba (-7,9%) e Mato Grosso (-6,7%), conforme o PMC/IBGE.
Segundo a CNC, o índice de intençãoão de consumo das famílias (ICF) recuou 5,9% em agosto sobre julho e 32,3% em relação a agosto/14. A expectativa de queda em 2015 subiu para 2,4%.
No Rio de Janeiro, pesquisa da CDL-Rio aponta queda de 3,1% em julho, nas vendas do comércio lojista. Em São Paulo, as vendas caíram 7,3% na 1ª semana de agosto (ACSP). Segundo a Serasa, de janeiro a julho o número de dívidas não pagas pelo consumidor aumentou 16,8%. Para a CNC, o aumento de famílias inadimplentes cresceu 8,4% em agosto.
Agricultura
Estimativa da CONAB indica uma safra de grãos de 208,8 milhões de toneladas na safra corrente 2014/2015. Segundo o IBGE, a área de produção agrícola aumentou 2,1% na safra corrente ante 2014, com acréscimo de 11,9% para a soja, 5,2% para o milho e 4,4% para o arroz. Em valor, segundo o Ministério da Agricultura, a produção agrícola teve uma redução de 1,8% e a pecuária um acréscimo de 2,2%.
Mercado de Trabalho
A taxa de desemprego aumentou para 7,5% no 2º trimestre, o pior resultado em cinco anos, com ligeira alta de 0,3% na renda média do trabalhador. Houve queda em todas as seis regiões pesquisadas pelo IBGE.
Entre junho e julho, a população desocupada aumentou em 158 mil pessoas (+9,4%), registrando queda de 0,9% ante julho/14. Ao todo, são 8,354 milhões de desempregados. A população economicamente ativa (PEA) aumentou 1,9%. Na região metropolitana de São Paulo, o desemprego aumentou 13,7%, em julho.
O emprego na indústria caiu pelo sexto mês seguido, em -1,0% em junho, -5,2% no 1º semestre e 4,6% em 12 meses. Na comparação com junho/14, a queda foi de 6,3%. Segundo o DIEESE, o reajuste salarial no 1º semestre teve um ganho real de apenas 0,58%, o mais baixo desde 2008.
Setor Financeiro
A expansão do crédito no sistema financeiro vem caindo ao longo de 2015, tendo crescido apenas 0,3% em julho, 1,6% no 2º trimestre e 3,1% no ano. Nos últimos 12 meses, a expansão foi de 9,9%, sendo 5,2% nos bancos privados e 15,3% nos bancos públicos. O total de meios de pagamento (M1) teve redução de 1,3%. A capacitação no mercado interno com CDB voltou a crescer. Os estoques de LCI e LCA, que vinham em forte alta, permaneceram estáveis em julho. Os saques no FGTS cresceram 16,2% em julho, como consequência da alta no desemprego. Os lucros dos maiores bancos aumentaram 17% no 2º trimestre. O percentual de famílias endividadas passou de 61,9% em julho para 62,7 em agosto, comparado com 63,6% em agosto/14 (CNC). O número de empresas com dívidas em atraso aumentou 9,57% em julho, sobre julho/14. A inadimplência das empresas cresceu 12,6% (Serasa). A Caixa Econômica vai liberar R$5 bilhões de crédito para a indústria automobilística.
Inflação
A inflação deu uma trégua em agosto, com a prévia do IPCA-15 indicando alta de 0,43%. Cinco fatores estão contribuindo para segurar a inflação: 1) Menor pressão dos preços administrados; 2) menor expansão do crédito; 3) retração das atividades econômicas; 4) maior taxa de desemprego e 5) menores reajustes dos salários e da renda. Basicamente, para onde forem os salários vai a inflação (A. Lewis – 1956).
As tarifas de transportes registraram queda de 0,46% em agosto, especialmente passagens aéreas (-25,06%), mas também houve desaceleração no item alimentação e bebidas (de 0,64% para 0,45%, de julho para agosto). A FIPE-SP está revisando sua previsão para 2015, de 0,62% para 0,59%, com destaque para o Grupo Alimentos, de 0,61% para 0,15%. O preço da cesta básica em São Paulo registrou queda de 0,41%, em agosto, mas acumulou alta de 10,7% em 12 meses.
A crise hídrica voltou a pressionar as tarifas de energia em 2015, com previsão de alta de 7,9% em agosto.
Setor Público
Inegavelmente, o Governo atingiu o limite máximo para a imposição da carga tributária, caminhando para 38% do PIB. De janeiro a julho, o Governo economizou R$6,2 bilhões para resgatar juros de R$288,6 bilhões sobre a dívida pública, ocasionando um déficit nominal de R$282,4 bilhões, responsável pelo aumento da dívida bruta em R$ 432 bilhões (!?) em sete meses, chegando a R$3.684,9 bilhões, equivalente a 64,6% do PIB. Em apenas um mês, de junho para julho, a dívida aumentou R$96,5 bilhões. O valor dos títulos públicos federais fora do Banco Central atingiu R$2.475,2 bilhões, com acréscimo de R$291,6 bilhões em sete meses. No 1º semestre, o Banco Central perdeu R$37 bilhões nas operações de swap cambial. Ao que tudo indica, o Governo da União vai economizar NADA, para iniciar seu programa de ajuste fiscal, em 2015.
Setor Externo
O Balanço de Pagamentos no acumulado até julho apresentou déficit de US$44,1 bilhões, coberto quase integralmente pelo ingresso de capitais estrangeiros. A conta “viagens” registrou déficit de US$8,2 bilhões, “royalties” US$12,8 bilhões, juros US$15,1 bilhões e lucros e dividendos US$10,1 bilhões. O investimento estrangeiro no Brasil caiu 37% em julho, sobre julho/14. O Fundo da Noruega reduziu sua exposição no Brasil em US$1,4 bilhão.
As reservas cambiais registraram saldo de US$370,1 bilhões e a dívida externa total chegou a US$552,9 bilhões, inclusive operações intercompanhias. Até julho, as exportações cresceram 6,6% em volume e caíram 20,5% em valor. As importações caíram 24,7%, com redução de combustíveis e bens de capital. A desvalorização do real frente ao dólar chegou a 53%, nos últimos 12 meses. No mercado internacional, o destaque foi o crescimento de 3,7% do PIB dos Estados Unidos, no 2º trimestre e o aumento de 2% dos bens duráveis, em julho.
Na Europa, o PIB da Grécia subiu 0,9% no 2º trimestre e o 1º Ministro renunciou. O PIB da Alemanha subiu 0,4%, segurando as atividades na Zona do Euro. Na China, o Banco Central reduziu os juros e o compulsório dos bancos, aumentando a liquidez para estimular o crescimento. Consta que a China vai fechar 10 mil fábricas, para reduzir a poluição.

As mudanças do PMDB


O PMDB começa a veicular a partir desta terça-feira (1) peças publicitárias na televisão pregando a necessidade de mudanças no país. Os protagonistas dos programas de 30 segundos são o vice-presidente Michel Temer, o ex-ministro Moreira Franco, e os presidentes do Senado e da Câmara, Renan Calheiros e Eduardo Cunha.
Os caciques peemedebistas que estimulam a mudança na sociedade, por meio da campanha televisiva, ostentam, eles também, currículos repletos de mudanças, governos após governos. O PMDB tem sido o partido de sustentação desde a redemocratização. A exceção foi Fernando Collor. E o resultado já é conhecido: o impeachment do então presidente da República.
Renan (no alto, à esquerda), Cunha (no alto, à direita), Moreira (abaixo, à esq.) e Temer (abaixo, à dir.)
Renan (no alto, à esquerda), Cunha (no alto, à direita), Moreira (abaixo, à esq.) e Temer (abaixo, à dir.)
Michel Temer, deputado constituinte, foi eleito por seis mandatos consecutivos para a Câmara Federal. Apesar de ser o segundo na sucessão presidencial de um governo petista, já foi a base de sustentação do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Temer foi o anti-Cunha de FHC. Com a eleição de Lula, Temer tornou-se sustentáculo do PT.
Moreira Franco, o ex-ministro da Aviação Civil de Dilma Rousseff, fez no passado aliança com o PFL (atual DEM) para ganhar a eleição para governador do Estado do Rio de Janeiro. Moreira foi, também, prefeito de Niterói e se elegeu três vezes para a Câmara. Entusiasta de primeira hora da ascensão de Lula ao poder, o ex-ministro aceitou o convite de Fernando Henrique para o cargo de assessor especial do Planalto, depois de perder a eleição para o Senado.
Renan Calheiros, que não é estreante na presidência do Senado, mas em outra ocasião renunciou ao cargo após denúncias de corrupção, já classificou Fernando Collor, então prefeito de Maceió, como "príncipe herdeiro da corrupção". O tempo passou e Renan tornou-se assessor de Collor, quando ele era candidato à Presidência da República. Hoje bombeiro dos incêndios provocados pelos dissidentes do PMDB como base aliada do governo, Renan já foi ministro da Justiça de Fernando Henrique.
Eduardo Cunha, que também aposta na mudança do Brasil, segundo o programa do PMDB, presidiu a Telerj, companhia fluminense de telecomunicações, no governo de Fernando Collor, a pedido de PC Farias, o tesoureiro de campanha do presidente da República. Subsecretário de Habitação do Estado do Rio, no governo de Anthony Garotinho, Cunha é, hoje, um dos maiores inimigos políticos de seu chefe de outrora. A ascensão nacional de Cunha como deputado federal, em 2002, foi graças ao apoio de Garotinho. Detrator do governo de Dilma Rousseff, o atual presidente da Câmara foi recentemente denunciado pelo Ministério Público Federal ao Supremo Tribunal Federal por corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito da operação Lava Jato.
A propaganda peemedebista acontece no momento em que o partido ensaia um distanciamento parcial do governo federal. Nesta semana, Temer anunciou sua saída da articulação política do governo, segundo ele, para cuidar da parte macropolítica.