Quem deseja parar de fumar pode contar com auxílio oferecido gratuitamente pela Secretaria Estadual de Saúde. Em parceria com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o órgão oferece aos fumantes mineiros um conjunto de ações educativas e de tratamento antitabagismo por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo levantamento do Ministério da Saúde, Minas Gerais conta com 673 municípios inseridos no Programa Nacional de Controle do Tabagismo. O modelo de tratamento conta com avaliação clínica, acompanhamento intensivo individual ou em grupo e, se necessário, com terapia medicamentosa. Ao todo, cerca de 41 pessoas são beneficiadas pela ação no Estado.
“O tratamento consiste, inicialmente, de 4 sessões semanais, durante 4 semanas, e depois de acompanhamento com encontros mais espaçados, que chamamos de ‘sessões de manutenção’, até completar 12 meses de tratamento”, explica Nayara Resende Pena, técnica do Programa de Controle do Tabagismo.
O interessado em largar o cigarro pode procurar a unidade básica de saúde mais próxima e se cadastrar para ser acolhido por uma equipe médica que realiza investigações de possíveis comorbidades relacionadas ao cigarro, o grau de dependência, a sua motivação para de fumar e sua preferência de tratamento.
Tratamento em Belo Horizonte
Na capital mineira, cerca de 3 mil pessoas já foram atendidas por ações antitabagismo da rede SUS-BH. Atualmente, cerca de 103 centros de saúde de BH oferecem serviços a quem desejar para de fumar. O atendimento e encaminhamento é feito pela Equipe de Saúde da Família do município.
Além dos acompanhamentos em grupo, são oferecidos uma abordagem intensiva por meio de uma Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), que pode ser feito em grupo ou individual. O plano de cuidado que é elaborado a cada paciente também indicará a necessidade de medicamentos de apoio, como pastilhas e adesivos transdérmicos de nicotiva ou uso de antidepressivos.
Universitários lançam aplicativo para combate ao cigarro
Estudantes da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) lançam nesta terça-feira (31) um aplicativo que simula a aceleração do processo de envelhecimento e os malefícios estéticos causados pelo uso do cigarro a partir de uma foto do usuário.
Chamado Smokerface, o app é uma adaptação do original homônimo desenvolvido na Alemanha e é destinado ao público jovem. O processo de tradução e adaptação ao universo brasileiro foi desenvolvimento a partir das pesquisas do professor de Medicina Paulo César Rodrigues Pinto Corrêa.
Tabagismo em Minas
Dados do Ministério da Saúde e do Inca apontam que entre 2014 e 2015, Minas Gerais registrou 2.240 novos casos de câncer de traquéia, brônquios e pulmão. A expectativa dos órgãos é que no biêmio atual, novas 2.320 ocorrências sejam notificadas.
(*) Com informações da Agência Minas