Depois de quase quatro anos de mercado, a Chevrolet promove a primeira plástica na dupla Onix e Prisma. A atualização chega num momento importante, pois o hatch acumula quase 70 mil unidades emplacadas, e o sedã soma outras 32 mil em 2016. Os modelos são os responsáveis diretos pela liderança da General Motors (GM) no ranking de emplacamentos, com 157 mil licenciamentos, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
Ou seja, a dupla corresponde a quase dois terços do que a marca vende por aqui, e dormir no ponto pode custar caro a médio prazo, uma vez que o arquirrival HB20, da Hyundai, foi reestilizado no ano passado e, recentemente, ganhou motor 1.0 turbo.
Mas o bom desempenho no ano não significa que Onix e Prisma são campeoníssimos de vendas na história. Muito pelo contrário. Enquanto o hatch tem girado cerca de 11 mil unidades mensais, o sedã tem emplacado aproximadamente 5 mil carros, muito aquém dos dias de glória do Volkswagen Gol em 2013, quando teve uma média mensal de 21,5 mil licenciamentos.
Naquele ano (que detém o recorde geral de unidades comercializadas), a Chevrolet vendeu cerca de 10 mil Onix mensais, enquanto o Prisma manteve a mesma média de cinco mil/mês. Mesmo assim é necessário reconhecer o êxito da GM em sustentar os volumes da dupla, enquanto praticamente todos os modelos do mercado, com exceção dos carros de luxo, têm registrado queda nos últimos três anos.
O fenômeno dos dois carros da GM se dá pelo fato da marca ter enxugado sua gama, ao contrário de concorrentes que ainda mantêm diversos modelos num mesmo segmento brigando entre si, o que acaba pulverizando as vendas. Até pouco tempo, o Onix convivia com Celta e Agile (que não deixaram saudades).
Já o Prisma orbitava num patamar de preços que conflitava com Classic e Cobalt. Hoje, o primeiro se posiciona na base da gama e o segundo deixou de ser um popular esticado para se tornar um sedã compacto mais refinado, um degrau abaixo do Cruze. A estratégia ajudou a GM a conter a queda de participação que foi muito forte para Fiat e Volks.
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Mas o que muda?
Prisma e Onix ganharam retoques estéticos e motores atualizados, além de nova caixa manual. As mudanças visuais se concentram nos faróis, lanternas, para-choques, capô e tampa do porta-malas. O estilo segue o padrão da nova geração do Cruze, o que deixou os modelos mais simpáticos.
Sob o capô, os propulsores 1.0, de 80 cv, e 1.4, de 106 cv, receberam novos pistões e bielas, mais leves, assim como nova central eletrônica que prometem menor consumo de combustível. Outra novidade é que a caixa manual passa a contar com seis marchas, que permite rodar em rotações mais baixas em velocidade de cruzeiro.
Por dentro, a novidade fica por conta do sistema MyLink que passa a contar com teclas analógicas no lugar dos pouco precisos botões sensíveis ao toque. Além disso, o módulo também passa a integrar sistemas de espelhamento nos padrões Apple Car Play e Android Auto. Outras novidades para a dupla são o serviço de atendimento OnStar, monitor eletrônico dos pneus e câmera de ré.
O Onix parte de R$ 44.890, na versão LT 1.0, e pode chegar a R$ 59.790, na LTZ 1.4, com todos os opcionais. Já o Prisma parte de R$ 53.690, na opção de entrada LT 1.4 , e pode chegar a R$ 64.690, na versão LTZ, com todos os opcionais.

Activ
Outra novidade da linha é a versão Activ, que segue os passos “aventureiros” de VW CrossFox e Hyundai HB20X. Equipada com motor 1.4, a versão segue o padrão de acabamento e conteúdos da topo LTZ e pode ser combinada com caixa manual ou automática, aos preços de R$ 57.190 e R$ 62.290, nesta ordem.