MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Zika infecta células nervosas relativas à formação craniana, diz estudo


Área é crucial para formação de ossos e cartilagem do crânio.
Pesquisa pode ajudar a explicar a ligação com a microcefalia.

Kate KellandDa Reuters
Pesquisa identifica danos que o vírus da zika provoca no cérebro dos bebês (Foto: Rede Globo)Pesquisa identifica danos que o vírus da zika provoca no cérebro (Foto: Rede Globo)
O vírus da zika, que causou uma epidemia no Brasil e está se espalhando pelas Américas, pode infectar e alterar células do sistema nervoso humano que são cruciais para a formação dos ossos e da cartilagem do crânio, revelou um estudo nesta quinta-feira (29).
A pesquisa, publicada no periódico científico "Cell Host & Microbe", pode ajudar a explicar por que bebês nascidos de mães que tiveram o vírus podem ter crânios menores do que a média e feições desproporcionais.
 
Já se provou que o zika ataca células cerebrais fetais conhecidas como células progenitoras neurais – um tipo de célula-tronco que dá origem a várias espécies de células cerebrais.
A morte destas células é o que interrompe o desenvolvimento do cérebro e leva à microcefalia, uma malformação craniana vista em bebês cujas mães foram infectadas pelo zika durante a gravidez.
Os cientistas norte-americanos que realizaram este estudo mais recente infectando células humanas com zika no laboratório descobriram que o vírus pode contaminar outro tipo de célula conhecida como célula da crista neural – que dá origem aos ossos e à cartilagem do crânio – e fazer com que elas secretem moléculas sinalizadoras que alteram sua função.
No laboratório, os níveis elevados destas moléculas foram suficientes para induzir diferenciação prematura, migração e morte das células progenitoras neurais, disseram os pesquisadores.
"Além dos efeitos diretos do vírus da zika nas células progenitoras neurais e seus derivados, esse vírus pode afetar o desenvolvimento cerebral indiretamente por meio de um diálogo cruzado sinalizador entre tipos de células embrionárias", disse Joanna Wysocka, bióloga química e de sistemas da Escola de Medicina da Universidade de Stanford e coautora do estudo.
O zika já se disseminou por quase 60 países e territórios desde que o surto atual foi identificado no ano passado no Brasil, causando alarme por sua capacidade de provocar microcefalia e outras doenças neurológicas em crianças e adultos.
O Brasil é o país mais afetado até o momento, com mais de 1.800 casos relatados de microcefalia

Nenhum comentário:

Postar um comentário