MEDIÇÃO DE TERRA

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terça-feira, 29 de novembro de 2016

Com bens bloqueados, só falta decretar prisão preventiva de Adriana Ancelmo


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Afinal, o que falta para decretar a prisão de Adriana Ancelmo?
Italo Nogueira
Folha
A gerente financeira do escritório de advocacia de Adriana Ancelmo afirmou à Polícia Federal que Luiz Carlos Bezerra, apontado pelo Ministério Público Federal como operador financeiro do ex-governador Sérgio Cabral, entregava dinheiro vivo à ex-primeira-dama em sua empresa.
Michelle Tomaz Pinto prestou depoimento cinco dias depois da deflagração da Operação Calicute, que prendeu Cabral e outras nove pessoas sob suspeita de cobrança de propina em obras no Estado. O escritório da ex-primeira-dama está sob suspeita de ser usado para ocultar parte desses valores ilegais.
De acordo com o relato de Pinto, Bezerra entregava o dinheiro à própria ex-primeira-dama ou para um de seus sócios. Ela afirmou que em parte das vezes a verba ficava guardada dentro do cofre do escritório. Isso teria ocorrido, segundo o relato, entre 2014 e 2015.
SEM TRABALHAR – A gerente também reforçou indícios de que o escritório recebia de empresas sem prestação de serviços. Responsável pelas contas a receber e fatura dos clientes do escritório, ela afirma que nunca soube da relação comercial entre a banca de advocacia e o banco Schain, EBX, Braskem e Hotel Resort Portobello. Todas essas empresas aparecem como responsáveis por transferir recursos para o escritório.
“Indagada se sobre essas últimas empresas a declarante viu pastas, menções a ações, relatórios, pareceres ou outros que possam configurar que tais pessoas jurídicas eram clientes do escritório, a declarante [Pinto] informa que no período em que estava no escritório não viu nenhum documento mencionado”, afirma o termo de depoimento da gerente.
O relato é semelhante ao prestado pelo dono do Portobello, Cláudio Jardim Borges, revelado na quinta-feira (24) pela Folha. Ele afirmou ter repassado recursos à banca sem que serviços tivessem sido prestados.
CRESCIMENTO VERTIGINOSO – O escritório Ancelmo Advogados chamou a atenção dos investigadores em razão do “crescimento vertiginoso” após Cabral assumir o Estado, em 2007. O juiz Marcelo Bretas determinou nesta segunda-feira (28) o bloqueio dos bens imóveis de Adriana Ancelmo. O objetivo é complementar a decisão que bloqueou R$ 10 milhões de suas contas.
De acordo com dados da Receita Federal, a receita bruta do escritório subiu de R$ 3,4 milhões em 2005 para R$ 17,5 milhões em 2014, em valores reais corrigido pela inflação. O patrimônio da advogada subiu de R$ 1,9 milhão para R$ 21,7 milhões em dez anos.
A reportagem tentou contato com os advogados da ex-primeira dama, mas não obteve retorno. Em depoimento à Polícia Federal, ela afirmou ter como comprovar todos os serviços prestados às empresas que repassaram recursos ao seu escritório.
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