Por Redação BNews
Fechado em sua casa no Lago Sul, em
Brasília, desde o dia 17 de maio, quando foi divulgado conteúdo do áudio
que registrou o pedido de R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista
sob o argumento de que precisava de dinheiro para custear sua defesa na
Operação Lava Jato, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) tem dito a quem o
visita que sua situação é “kafkiana”. A informação foi divulgada pelo
Estadão.
A publicação detalha que, segundo
aliados que estiveram com ele nos últimos dias, o tucano avalia que em
condições normais de temperatura e pressão o pedido de prisão do
procurador-geral da República, Rodrigo Janot – previsto para ser
analisado na próxima terça-feira pelo Supremo Tribunal Federal –, seria
rejeitado.
O senador avalia, porém, que no atual
cenário tudo pode acontecer. Esse temor se cristalizou quando a Primeira
Turma do STF manteve a prisão de sua irmã, Andrea Neves. Ao saber da
decisão, Aécio se desesperou. O tucano não consegue conter o choro
quando fala sobre Andrea. “Ele está profundamente indignado, sobretudo
com a situação da irmã”, disse José Aníbal, presidente do Instituto
Teotônio Vilela.
Apesar de recluso, Aécio tem se
articulado em várias frentes para tentar impedir sua cassação no Senado,
evitar a implosão completa de sua base política em Minas e reforçar sua
defesa pública. Ele também tem atuado na vida partidária e foi um dos
responsáveis pelo movimento que manteve o PSDB na base de Michel Temer,
pelo menos por ora.
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