Por Redação BNews | Fotos: Antonio Cruz/ Agência Brasil
“Todo
o empresariado prefere continuar com o presidente Michel Temer. Hoje a
posição é essa: é melhor seguir e fazer a transição no país. Chega de
turbulência.
A afirmação foi feita para coluna Mercado
Aberto, do jornal Folha, por Robson Andrade, presidente da Confederação
Nacional da Indústria (CNI), que reúne as 27 federações industriais,
1.250 sindicatos patronais, aos quais estão filiados quase 700 mil
companhias.
Segundo ele, o “processo de escolha de um
novo governo demoraria meses, até o final deste ano, para depois no ano
que vem já termos campanha para as eleições”.
Para Andrade, a economia descolou da
crise política. “A inflação caiu, o dólar subiu um pouco, o que foi bom
para a indústria. Mas não se sabe o que pode acontecer”.
A construção civil, lembra ele, continua a
sofrer pela falta crédito, de financiamento público, dadas as
restrições de instituições bancárias. “Bancos públicos anunciam
renegociação de dívidas, como a Caixa, mas não têm mecanismos,
autonomia, que permitam alongar prazos, diminuir juros, dar carência”.
No BNDES, é grande a dificuldade em
aprovar projetos. “Leva-se mais de um ano para conseguir a aprovação
porque [funcionários] podem ser questionados pelo Ministério Público.
Órgãos ambientais também estão paralisados [pelo mesmo receio]”.
Preocupados com a estagnação da
produtividade, um grupo de 104 CEOs da entidade encomendou a
universidades o estudo Indústria 2027 sobre oportunidades e desafios
após as últimas inovações.
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