Por Agência Brasil | Fotos: Carlos Moura/SCO/STF
O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo
Tribunal Federal (STF), disse hoje (23), em Brasília, que não se pode
“demonizar a política”, afirmando, em seguida, que não está na justiça
criminal “a resposta de todos os males” do Brasil.
O ministro discursou na abertura de uma palestra, organizada por ele,
em um dos plenários do STF, sobre Fraternidade e Humanidade no Direito.
Ele disse que “não há crise institucional no Brasil”, podendo o país
“orgulhar-se da democracia que tem”, mas acrescentou ser necessário
avançar no que chamou de “redenção constitucional”.
“Nela não está em primeiro plano a atuação hipertrofiada do magistrado
constitucional, embora deva, quando chamado, responder com firmeza e
serenidade. Em primeiro plano está a espacialidade da política, dos
representantes da sociedade e a própria sociedade”, disse.
Magistrado não deve condenar por ódio
Antes, Fachin afirmou que “nenhum juiz com verdadeira vocação condena
por ódio”. O ministro destacou que, ao completar neste mês dois anos de
STF, seu gabinete acumula 142 inquéritos penais, 117 dos quais
vinculados à Lava Jato, todos envolvendo políticos com prerrogativa de
foro no STF como parlamentares e ministros.
Apesar disso, Fachin ressaltou a importância “da democracia
representativa, da sociedade, do Parlamento e dos parlamentares, dos
agentes públicos que, mesmo nos dissensos, constroem consensos”.
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