MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 17 de junho de 2017

Tanta pressa para votação na Câmara parece ser confissão de culpa


Temer pede urgência para ser salvo pela Câmara
Augusto Nunes
Veja
A suspensão do recesso parlamentar de julho, sugerida pelo deputado Rodrigo Maia para apressar a votação no Legislativo da denúncia do procurador-geral Rodrigo Janot contra o presidente Michel Temer, conduz a duas constatações. A primeira é animadora para Temer: o presidente da Câmara não apresentaria a ideia se, na contabilidade do Planalto, a bancada governista não tivesse votos de sobra para sepultar a denúncia ─ que só será julgada pelo Supremo Tribunal Federal se aprovada por dois terços dos deputados federais.
A segunda constatação não permite que Temer durma em sossego. Tanta afobação comprova que, também aos olhos do presidente e seus aliados íntimos, a base de apoio no Congresso é perturbadoramente volátil ─ e pode derreter se a temperatura política for elevada por descobertas da Lava Jato, ou revelações decorrentes de delações premiadas, que transformem o chefe de governo em protagonista de mais histórias muito mal contadas. Vêm aí confissões de grosso calibre. E os alvos principais continuam a ser Lula, Dilma e Temer.
CRIMES OCULTOS – A pressa do presidente reforça a suspeita de que nem todos os pecados que cometeu foram desvendados. Nessa hipótese, o agravamento da crise política terá sido apenas adiado com a rejeição da denúncia. Um escândalo de bom tamanho pode levar o sempre dubitativo PSDB a redescobrir a relevância do respeito à lei, a normas éticas, à moral e aos bons costumes. Temer precisa preservar a aliança para chegar ao fim do verão perigoso. “Em setembro, a melhora dos indicadores econômicos vai inibir os que sonham com a queda do governo”, ouviu de Temer nesta quinta-feira um ministro tucano.
No Brasil com 14 milhões de desempregados, talvez o item mais perverso do legado maldito de Lula e Dilma, o governo só sobreviverá até dezembro de 2018 se a economia sair da UTI nos próximos dois meses. Tudo somado, resta a Temer convocar uma reunião do Ministério para resumir numa frase o que devem fazer tanto o presidente quanto os integrantes do primeiro escalão até a tempestade amainar:
─ Senhores ministros: oremos.
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