MEDIÇÃO DE TERRA

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domingo, 15 de outubro de 2017

Funaro afirma que “proibiu” esposa de deixar de atender Geddel por medo de retaliação

[Funaro afirma que “proibiu” esposa de deixar de atender Geddel por medo de retaliação]
15 de Outubro de 2017 às 10:12 Por: Divulgação Por: Luiz Fernando Lima

O corretor financeiro Lúcio Funaro dedicou pouco mais de dez minutos da sua delação premiada narrando as ligações que o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) fez para Raquel, esposa de Funaro, e as declarações do operador divergem das prestadas na audiência de custódia pelo peemedebista da Bahia.
Geddel admitiu ter “falado” com Raquel mais de dez vezes em um ano. Algo, como pouco mais de dez vezes, mas o fato, egundo relatou Funaro durante o depoimento divulgado neste final de semana é que nos 15 dias que sucederam a soltura da irmã do operador, Roberta Funaro, foram 19 ligações atendidas por sua esposa.
De acordo com Funaro, Geddel sabia quando Roberta foi presa de que havia chegado o limite do operador e intensificou as ligações como forma de sondar se a delação iria acontecer. “Ele (Geddel) foi o único a ligar quando minha irmã foi presa. Foi o primeiro quando ela foi solta. Dizendo que a preocupação não precisava ser tão grande já que minha irmã solta e eu também poderia ser”.
Ainda conforme Funaro, na ocasião, no início de junho deste ano, já não havia o que ser feito. “Já tinha começado a colaboração e o processo era irreversível”.
Antes destes fatos, o doleiro afirma que Geddel ligava frequentemente para Raquel para saber como estavam as coisas. Eram, conforme Funaro, sondagens para saber se ele faria o acordo de colaboração premiada.
Em determinado momento, Raquel pensou em parar de atender o ex-ministro, contudo, foi dissuadida por Funaro por acreditar que a partir do momento em que ela não atendesse mais Geddel ficaria claro que ele havia iniciado o processo de delação.
“Não tinha falado com ele anteriormente no telefone com ele (Geddel). Sempre Geddel que ligava. Se ela (Raquel) ligou alguma vez foi para responder uma ligação que ela não tinha atendido. Ela tinha medo estar sendo monitorada ou ele e poderia configurar obstrução de Justiça. Ela falou que achava que ia parar de atender ele, mas eu falei: não pare de atender. Eu instruí que não parasse e que continuasse normalmente...porque no primeiro momento que parasse ele entraria em desespero achando que eu tinha fechado a delação”.
Funaro afirma ainda que tinha receio de que a esposa parasse de atender por três razões. “Primeiro, naquela época ele ainda era ministro então poderia haver alguma retaliação por parte do governo; segundo, se eu tivesse fazendo uma delação premiada eu não queria que vazasse porque poria a segurança da minha família em risco e; terceiro, não estava fazendo a delação e não queria criar um alvoroço numa situação que já era complexa de administrar sem precisar”.

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