Luiz Gonzaga contou que o garoto disse ter se inspirado nos casos de Columbine (EUA) e Realengo, e planejava o ato há dois meses
BAHIA.BA
Uma coordenadora do Colégio Goyazes, em Goiânia, local onde aconteceu a tragédia na útima sexta-feira (20), convenceu o aluno responsável pelos disparos a não recarregar o cartucho para continuar o ataque.
Quem afirmou foi o delegado da Delegacia
Estadual de Apuração de Atos Infracionais (Depai), Luiz Gonzaga, que
acompanha o caso: “Ela teve um ato heroico”, disse. A coordenadora, que
não teve o nome divulgado, estava em atendimento com uma aluna, quando
Hyago Marques, 13 anos, apareceu as escadas ensanguentado após ter sido
atingido no peito. Ela correu para a sala onde acontecia o tiroteio e
conseguiu convencer o adolescente a não recarregar a arma, com o outro
cartucho que levava na mochila. O delegado contou que o garoto – que
sofria bullying – contou ter se inspirado em outros atentados em colégios.
“Inspirado em outros casos, segundo ele
como os de Columbine (caso no Colorado, EUA, em 1999) e o de Realengo
(Rio de Janeiro), ele decidiu cometer esse crime. Ele ficou dois meses
planejando a ação”
O adolescente contou que um colega o
estava “amolando”, nas palavras dele. Alunos do colégio ouvidos pelo El
País afirmaram que João Pedro Calembo, uma das vítimas fatais e o
primeiro alvo escolhido, seria um dos que costumava dizer que o garoto
“não gostava de tomar banho”. O pai, Leonardo Calembo, publicitário,
amparado por amigos da Igreja Batista Renascer contesta:
“Meu filho lia a Bíblia, amava hinos,
muito ativo na escola. Não faria nada que ele não quisesse que fizessem
com ele. Meu filho era alegre, bem cuidado, nunca teve inimizade”,
contou do Instituto Médico Legal (IML) da cidade.
O estudante João Vitor Gomes, também
morreu no local. Outros quatro alunos ficaram feridos, mas apenas uma
menina, de 13 anos que foi atingida no tórax e teve o pulmão perfurado,
está em estado grave. Ela passou por uma cirurgia e está na UTI.
Nenhum comentário:
Postar um comentário