A Operação
Marquês, em Portugal - que também investiga o ex-premier socialista José
Sócrates, o Lula de lá -, investiga José Dirceu, que recebeu quase um
milhão de reais de três empresas de telefonia para viabilizar negócio no
corrupto governo petista:
O inferno de José Dirceu,
tal como os pecados, parece não ter fim. Condenado no escândalo do
mensalão a sete anos de cadeia, o ex-todo-poderoso ministro de Luiz
Inácio Lula da Silva acabou pilhado também no petrolão, como
destinatário de propinas pagas por empresas que o contratavam como
“consultor” para ampliar seus negócios na Petrobras e em outras áreas do governo.
Houve,
como se sabe, uma confluência de escândalos: parte da propina do
petrolão foi paga enquanto Dirceu cumpria pena no mensalão. Em casa,
usando tornozeleira eletrônica e recorrendo de mais duas condenações que
passam dos trinta anos, o ex-ministro continua a ter negócios
descobertos — agora, além-mar. O achado mais recente vem da Operação
Marquês, a Lava Jato de Portugal. Lá, Dirceu apareceu como beneficiário
de pagamentos em troca de usar seu poder para destravar um dos negócios
mais rumorosos da era petista: a entrada da Portugal Telecom na
sociedade da brasileira Oi.
Escarafunchando
arquivos apreendidos em um escritório de advocacia de Lisboa com o qual
Dirceu mantinha parceria, os agentes descobriram que o petista usou a
banca para esconder pagamentos que somam pelo menos 944 000 euros —
cerca de 3 milhões de reais — e que, segundo o Ministério Público
português, estavam ligados à transação bilionária da Portugal Telecom com a Oi.(Veja.com).
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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