MEDIÇÃO DE TERRA

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domingo, 22 de outubro de 2017

Na crise, matrizes enviam R$ 60 bi para montadoras


O dinheiro tem ajudado as empresas a cobrirem despesas como salários, compra de peças e investimentos

Tribuna da Bahia, Salvador
22/10/2017 09:59 | Atualizado há 1 hora e 27 minutos
   
Foto: Marcos de Paula/Estadão

Nos últimos dois anos, a indústria automobilística brasileira recebeu das matrizes US$ 18,7 bilhões, o equivalente a R$ 60 bilhões pela cotação atual. Esses recursos chegaram como empréstimos das matrizes para as filiais e como investimentos por meio do aumento de participação no capital. O dinheiro tem ajudado as empresas a cobrirem despesas como salários, compra de peças e investimentos.
Até agosto, conforme dados do Banco Central (BC), o investimento direto no País no setor de veículos automotores, reboques e carrocerias foi mais que o triplo do registrado em 2012 e 2013, quando a venda de veículos foi recorde. Nos dois anos pré-crise, o setor recebeu R$ 17,7 bilhões (US$ 5,6 bilhões).
Parte do dinheiro recebido nos últimos meses deve bancar os investimentos mais urgentes dentro dos planos recentes anunciados pelas montadoras, que somam R$ 16,8 bilhões.
Os dados do BC mostram também que os valores de empréstimos intercompanhias (concedidos pelas matrizes às filiais e que devem ser devolvidos posteriormente) são superiores aos ingressos em forma de participação no capital (dinheiro a fundo perdido). Para analistas, esse movimento mostra que as matrizes estão socorrendo as subsidiárias, mas acreditam na recuperação do mercado e na capacidade das empresas em honrar as dívidas futuramente.
A maior parte dos investimentos anunciados nos últimos meses para projetos até 2022 está sendo direcionada ao desenvolvimento de novos produtos, novas tecnologias e modernização das fábricas. Muito pouco vai para ampliação de capacidade produtiva, alvo do ciclo anterior de investimentos. Com a crise, a maioria das fábricas opera com elevada ociosidade.

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