O assassinato de Celso
Daniel completa 16 anos nesta quinta-feira, lembra Carlos Ramalhete em
artigo publicado pela Gazeta do Povo. Conclusão: "o
petismo não mata apenas a alma, não devasta apenas a economia do país:
ele também mata o corpo. E as testemunhas, e quem mais der muito
trabalho. É um esquema criminoso intercontinental, não apenas um partido
político. É mais que tempo que essa praga seja varrida de nossas
plagas; esperemos que uma condenação no julgamento em segunda instância
do cabeça da quadrilha, quarta-feira que vem, jogue a pá de cal final
nesse projeto de poder assassino que tanto mal fez à nossa pátria. Já morreu gente demais":
Nesta quinta-feira o
assassinato do prefeito petista Celso Daniel completa 16 anos. Um bebê
nascido naquele exato momento já poderia votar; só espero que não no PT.
O caso Celso Daniel, até hoje não resolvido de forma satisfatória, é
uma mancha negra na história da política brasileira e um dos primeiros
sinais claros do modelo de corrupção endêmica que depois se tornaria a
marca registrada das administrações petistas. A hipótese que parece
fazer mais sentido é a que aponta o assassinato como ação criminosa
preventiva, procurando evitar que Celso Daniel denunciasse publicamente
desvios de verba. Ninguém sabe se ele denunciaria apenas desvios de
verba para usos particulares, e não partidários, demonstrando assim
fidelidade à estranha moral bolchevista do partido, em que os fins
justificam os meios e roubar para o partido é coisa boa de deus. Em todo
caso, ele estaria prestes, dizem, a abrir a boca.
Não dá mais para
saber. Ele foi morto. As testemunhas foram mortas. Quem sabe não fala,
ainda que possamos ter alguma esperança, com o progressivo aumento do
time dos dedos-duros causado pelas ações da Justiça Federal.
O que sabemos é que o
esquema que funcionava – e isso foi provado – na prefeitura petista de
Santo André era uma versão miniatura, um embrião, do esquema muitas
vezes multibilionário com que o PT recolheu dinheiro público e
particular (pagando por este com dinheiro público, claro) durante o
triste período em que tentaram transformar o Brasil numa versão
continental de Cuba ou Venezuela. Malas e mais malas de dinheiro sendo
recolhidas em prol do partido em empresas que depois ganham contratos
ziliardários com o poder público. Verbas públicas despejadas nas contas
das mesmas empresas, com favorecimentos ilegais, muitas vezes até
secretos. É este o modus operandi criminal do PT, e era esse,
embrionariamente, o modus operandi do esquema petista na prefeitura de
Santo André.
Celso Daniel morreu
em janeiro de 2002. Lula subiu ao poder no primeiro dia do ano seguinte.
Foi eleito por uma campanha em que escondia as garras e fingia ser um
“Lulinha Paz e Amor” que na verdade jamais foi. Assim que chegou ao
poder, com a bênção de Fidel Castro e para alegria dos ditadores de
extrema-esquerda mundo afora, apressou-se a montar seu esquema, de
acordo com o já testado e aprovado em inúmeras prefeituras e governos
petistas anteriores, mas dessa feita em escala monumental. Nenhuma
prefeitura, nenhum governo, tem a quantidade de dinheiro vivo que uma
Petrobras tem, ou de que uma Odebrecht pode dispor se lhe forem dadas
obras bilionárias em troca.
E tome obras!
Construímos um porto avaliado em US$ 1 bilhão para os irmãos Castro
manterem melhor sua ditadura cubana: um porto do qual ninguém pode sair,
mas por onde cargas estranhíssimas passam dia e noite. Construído com o
dinheiro de nossos impostos, que muito mais bem empregado seria se
fosse para o nosso Porto de Paranaguá, aqui de onde sai o dinheiro dos
contribuintes que o petismo espalhou pelas ditaduras amigas e devorou
sequiosamente para o consumo do próprio partido. O nosso porto sofre com
a falta de dragagem, sofre com transportes péssimos, acessos
rodoviários insuficientes e em estado lastimável, e uma ferrovia que já
há décadas merece duplicação. Mas não: o petismo preferiu matar dois
coelhos fofinhos com uma cajadada só, apoiando a ditadura cubana e
embolsando uma fortuna via Odebrecht.
Celso Daniel
reconheceria o esquema, sem sombra alguma de dúvida, tivesse sobrevivido
para ver. Mas não sobreviveu: o petismo não mata apenas a alma, não
devasta apenas a economia do país: ele também mata o corpo. E as
testemunhas, e quem mais der muito trabalho. É um esquema criminoso
intercontinental, não apenas um partido político. É mais que tempo que
essa praga seja varrida de nossas plagas; esperemos que uma condenação
no julgamento em segunda instância do cabeça da quadrilha, quarta-feira
que vem, jogue a pá de cal final nesse projeto de poder assassino que
tanto mal fez à nossa pátria.
Já morreu gente demais.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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