Em maio de 2000,
durante uma manifestação de professores em greve, o então deputado José
Dirceu ensinou que os adversários do PT deveriam “apanhar nas urnas e
nas ruas”. Uma semana depois, um bando de grevistas agrediu fisicamente o
governador Mário Covas, debilitado pelo câncer. “Foi força de
expressão”, desconversou Dirceu anos mais tarde.
Nesta segunda-feira, a
mesma conversa de 171 foi repetida pela ainda senadora Gleisi Hoffmann
para abrandar a seguinte aula de selvageria: “Para prender o Lula, vai
ter que matar gente. Aí, vai ter que matar”. O que a dupla chama de
“força de expressão” quer dizer, no dialeto do PT, caso de polícia.
Dirceu e Gleisi
poderiam ser enquadrados nos artigos 286 e 287 do Código Penal, que
enquadram a incitação ao crime e a apologia de crime ou criminoso. Pelo
tamanho do prontuário, ambos certamente sabem disso. Não parecem
preocupados por que ambos cometeram delitos muito mais graves.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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