O ministro é Alexandre
de Moraes - e disse a verdade, nada mais que a verdade nesse país em
que, graças à hegemonia ideológica esquerdista, bandido é "vítima da
sociedade" e as vítimas, opressoras:
O ministro Alexandre
de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou, na noite desta
quinta-feira (15), que o tratamento rigoroso contra a criminalidade no
Brasil é confundido como uma medida ditatorial.
“Se você quer aplicar
a lei, você é, no mínimo, chamado de fascista. Isso é um pós-conceito
absurdo”, declarou, durante palestra na abertura do 2º Encontro do Fórum
Nacional dos Juízes Criminais (Fonajuc), em Brasília.
Para o ministro, essa
postura ainda é reflexo dos traumas acumulados ao longo dos períodos em
que o país viveu sob ditaduras. Segundo ele, após 30 anos de vigência
da atual Constituição Federal, é preciso reorganizar o sistema de
Justiça para enfrentar com prioridade o crime organizado. As informações
são da Agência Brasil.
“Nenhuma das
garantias constitucionais impede a aplicação da lei. Não há nada em
relação a isso [na Constituição]. O Brasil virou uma bagunça”, reclamou,
ao comparar o país com nações como Inglaterra e os Estados Unidos,
onde, segundo o ministro, qualquer manifestação popular tem que ser
solicitada com alguns dias de antecedência e não podem incluir trajetos
que passem nas proximidades de escolas e hospitais.
“No Brasil pode quebrar tudo. Isso porque a legislação não é aplicada, fomos nos tornando ineficientes na aplicação”, afirmou.
Em breve comentário
sobre o assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL),
ocorrido na noite de quarta-feira (14), crime classificado por ele como
bárbaro, Moraes argumentou que não adianta mudar a legislação para
aumentar as penas.
“Há uma necessidade
de mudança de mentalidade. Se não houver, infelizmente, podemos ter
alguns picos de melhora mas vamos voltar pra UTI. Precisamos da
valorização da Justiça criminal”, observou, ao enumerar os mais de 100
mil roubos e 60 mil assassinatos que ocorrem no país por ano.
O ministro reclamou
da forma como o Poder Judiciário se organiza no país para processar e
julgar os mais diversos crimes. “Em São Paulo, temos o maior fórum
criminal da América Latina. São 32 varas e 64 juízes, mas os 64 juízes
não se comunicam, não trocam informações, não usam inteligência para
verificar atuações de quadrilhas organizadas”, criticou.
Para o magistrado, é
preciso estabelecer prioridades. “Todo dia, estão julgando roubos de
celular, mas quantas quadrilhas de receptação são presas? Milhares de
microtraficantes são presos todos os dias, mas quantos médios e grandes
são presos por ano?”, questionou.
Moraes afirmou ainda
que vai apresentar uma proposta para mudar o atual sistema de progressão
penal que, segundo ele, favorece a impunidade contra quadrilheiros
pesados. Ele citou casos de assaltantes de bancos, que podem ser
condenados por crime de roubo qualificado e mudar de regime fechado para
o semiaberto em cerca de 11 meses.
O ministro ainda
afirmou que é necessário conceder ao juiz a autoridade para quebrar o
sigilo das comunicações de aplicativos de celular, que o principal meio
utilizado atualmente pelo crime organizado. "É o momento ideal se dar um
avanço nisso." (Gazeta do Povo).
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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