Não é justo um Cristão ser desumano, venal e escravocrata! |
A empresa Nova Visão Assessoria e
Consultoria, vinculada à Igreja Cristã Traduzindo o Verbo, foi autuada
pelo Ministério do Trabalho por manter 565 trabalhadores em condição
análoga à de escravidão. A autuação é parte da Operação Canãa - A
Colheita Final, feita em conjunto com a Polícia Federal. As vítimas
trabalhavam em nove fazendas de produção hortigranjeira do grupo, das
quais seis em Minas Gerais e três na Bahia, e em estabelecimentos
comerciais no estado de São Paulo, sendo cafés, restaurantes, casas
comunitárias e um posto de gasolina. De acordo com o ministério, os
autos de infração mencionam também o crime de tráfico de pessoas. Isso
porque as vítimas eram aliciadas e hospedadas em casas comunitárias de
São Paulo, onde eram doutrinadas e depois enviadas para o trabalho nos
empreendimentos do grupo. Treze dirigentes do grupo econômico e da
igreja foram presos por ordem da Justiça Federal ao longo da
investigação. Dez seguem foragidos. A igreja foi autuada, além do
trabalho escravo, porque 438 dos trabalhadores em condição ilegal sequer
tinham registro em Carteira de Trabalho e 32 eram adolescentes em
atividades proibidas para menores. Nas fazendas, os trabalhadores
recebiam casa e comida pelo serviço que faziam, sem qualquer remuneração
em dinheiro. No meio urbano, parte das vítimas não tinha garantido
qualquer direito laboral e outros trabalhadores tinham a maioria dos
direitos suprimidos. Apesar das condições, os auditores-fiscais não
conseguiram retirar os trabalhadores das fazendas e dos outros
empreendimentos para encaminhar ao Seguro-Desemprego para Resgatado,
ação protocolar em casos do tipo. Segundo o auditor-fiscal Marcelo
Campos, coordenador da operação, as vítimas não se achavam exploradas
ediziam trabalhar em nome da fé e da coletividade.
VAL CABRAL
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