Dimitrius Dantas
O Globo
O Ministério Público de São Paulo abriu um inquérito civil para investigar o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) por improbidade administrativa. O procedimento foi criado com base na delação da empreiteira Odebrecht, que citou o pagamento de doações eleitorais ilegais, o chamado caixa dois, durante as eleições para governador de 2010 e 2014. Segundo o documento que determinou a abertura do inquérito, Alckmin teria recebido R$ 2 milhões em 2010 e R$ 8,3 milhões em 2014 para suas campanhas pelo governo do estado de São Paulo.
Como a investigação é no campo civil, por improbidade administrativa, a pena, em caso de condenação, não incluiria prisão, mas a perda de bens obtidos ilicitamente e dos direitos políticos, além do pagamento de multa.
CONFIRMAÇÃO – Três executivos da Odebrecht — Benedicto Barbosa da Silva Júnior, Armando Guedes Paschoal e Arnaldo Cumplido de Souza e Silva — afirmaram que fizeram os pagamentos por meio de Adhemar César Ribeiro, cunhado de Alckmin.
Os valores teriam sido entregues a Marcos Antônio Monteiro que, segundo o MP, era diretor-presidente da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo e coordenador financeiro da campanha do ex-governador à época.
Alckmin deixou o cargo no último dia 6 para trabalhar na sua campanha para a Presidência da República. Com isso, perdeu o foro, as investigações sobre ele, que estavam no Superior Tribunal de Justiça (STJ), foram remetidas para a primeira instância. Por decisão do STJ, o processo foi encaminhado para a Justiça Eleitoral e não para uma vara criminal, como queriam os procuradores do Ministério Público Federal.
JUSTIÇA ELEITORAL – O novo inquérito, aberto nesta sexta-feira, foi feito pelo Ministério Público do Estado. Segundo os procuradores, a informação é de possível vantagem patrimonial indevida por políticos com poderes de atuação no estado, por isso a atribuição seria da Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital.
Em nota, o ex-governador afirmou que vê a investigação com tranquilidade e está à disposição para prestar qualquer esclarecimentos por ter total consciência da correção de seus atos, como também por ter se posicionado publicamente contra o foro privilegiado.
“Registre-se que os fatos relatados já estão sendo tratados pela Justiça Eleitoral, conforme determinou o Superior Tribunal de Justiça”, disse.
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O Globo
O Ministério Público de São Paulo abriu um inquérito civil para investigar o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) por improbidade administrativa. O procedimento foi criado com base na delação da empreiteira Odebrecht, que citou o pagamento de doações eleitorais ilegais, o chamado caixa dois, durante as eleições para governador de 2010 e 2014. Segundo o documento que determinou a abertura do inquérito, Alckmin teria recebido R$ 2 milhões em 2010 e R$ 8,3 milhões em 2014 para suas campanhas pelo governo do estado de São Paulo.
Como a investigação é no campo civil, por improbidade administrativa, a pena, em caso de condenação, não incluiria prisão, mas a perda de bens obtidos ilicitamente e dos direitos políticos, além do pagamento de multa.
CONFIRMAÇÃO – Três executivos da Odebrecht — Benedicto Barbosa da Silva Júnior, Armando Guedes Paschoal e Arnaldo Cumplido de Souza e Silva — afirmaram que fizeram os pagamentos por meio de Adhemar César Ribeiro, cunhado de Alckmin.
Os valores teriam sido entregues a Marcos Antônio Monteiro que, segundo o MP, era diretor-presidente da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo e coordenador financeiro da campanha do ex-governador à época.
Alckmin deixou o cargo no último dia 6 para trabalhar na sua campanha para a Presidência da República. Com isso, perdeu o foro, as investigações sobre ele, que estavam no Superior Tribunal de Justiça (STJ), foram remetidas para a primeira instância. Por decisão do STJ, o processo foi encaminhado para a Justiça Eleitoral e não para uma vara criminal, como queriam os procuradores do Ministério Público Federal.
JUSTIÇA ELEITORAL – O novo inquérito, aberto nesta sexta-feira, foi feito pelo Ministério Público do Estado. Segundo os procuradores, a informação é de possível vantagem patrimonial indevida por políticos com poderes de atuação no estado, por isso a atribuição seria da Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital.
Em nota, o ex-governador afirmou que vê a investigação com tranquilidade e está à disposição para prestar qualquer esclarecimentos por ter total consciência da correção de seus atos, como também por ter se posicionado publicamente contra o foro privilegiado.
“Registre-se que os fatos relatados já estão sendo tratados pela Justiça Eleitoral, conforme determinou o Superior Tribunal de Justiça”, disse.
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