MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 21 de abril de 2018

Oposição ainda não tem estratégia definida


Dentro da ala oposicionista, uns defendem a unidade do grupo e outros a pulverização de candidaturas de João Gualberto, José Ronaldo e João Santana

Tribuna da Bahia, Salvador
21/04/2018 08:36 | Atualizado há 3 horas e 7 minutos
   
Foto: Reprodução

Por Rodrigo Daniel Silva
Duas semanas depois de o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), anunciar que não seria candidato ao governo da Bahia, a oposição baiana tem mostrado que ainda não tem estratégia definida para as eleições deste ano. Até o momento, o grupo tem três pré-candidatos ao Palácio de Ondina: José Ronaldo (DEM), João Gualberto (PSDB) e João Santana (MDB). Além deles, o PV também tem ameaçado lançar um postulante. O certo é que, até o momento, a oposição não sabe qual o caminho vai trilhar no pleito. Dentro da ala oposicionista, uns defendem a unidade do grupo e outros a pulverização de candidaturas. Uns querem aliança com MDB, apesar da crise do partido, e outros não querem nem ouvir falar na sigla do deputado federal Lúcio Vieira Lima. A agremiação vive uma situação difícil desde que a Polícia Federal encontrou dentro de malas R$ 51 milhões em um apartamento em Salvador ligado ao parlamentar e ao seu irmão, o ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima.
Nesta semana, o ex-prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo, fez questão de ressaltar que quer o apoio da legenda. “Eu desejo o apoio do MDB. Eu não quero tirar o apoio do MDB. Eu acho que o MDB soma dentro do processo político, tem um bom horário de televisão e aprendi, ao longo da minha vida, separar todas essas questões”, afirmou. Já o deputado federal João Gualberto reiterou que não quer o partido com Lúcio Vieira Lima. Tese que também é defendida por ACM Neto. O tucano também voltou a se mostrar a favor de diversas candidaturas de oposição ao governador Rui Costa (PT), que é candidato à reeleição. “Há muito tempos não temos a oportunidade de ter um segundo turno [na Bahia]. Então, acho válido que Zé Ronaldo mantenha a candidatura dele, que o menino do PSOL [Marcos Mendes] mantenha. Enfim, quanto mais candidatos tiverem, melhor”, avaliou, em entrevista ao Bahia Notícias.
Gualberto quer que o prefeito soteropolitano chancele tanto sua candidatura quanto a de Zé Ronaldo. ACM Neto ainda não se posicionou sobre a proposta do tucano, mas publicamente já disse que quer a união do grupo. Enquanto não firmam um acordo, os pré-candidatos têm disputado o patrocínio de siglas oposicionistas.   O democrata feirense já se reuniu com deputados estaduais da base, prefeitos aliados, com o PSC e já teria na sua conta o PTB, que é comandado pelo deputado federal Benito Gama. Já o tucano teve encontros com o PSC, que teria demonstrado interesse em apoiá-lo e indicaria o parlamentar Irmão Lázaro para ser candidato ao Senado, e o PROS.
Presidente não gosta da desistência de ACM Neto
O presidente Michel Temer (MDB) também não teria gostado do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), decidir não concorrer ao governo da Bahia na eleição deste ano. De acordo com a Coluna do Estadão, do jornal Estado de S. Paulo, o chefe do Palácio do Planalto avaliou que a decisão do democrata soteropolitano atrapalha o cenário nacional, porque deixa o centro sem palanque no quarto maior colégio eleitoral e fortalece o PT do governador Rui Costa. Aliados do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), que é pré-candidato ao Planalto, também apontam a falta de palanque na Bahia como um dos motivos que ele considera para desistir da disputa presidencial.
Neto anunciou que não seria candidato um dia antes do prazo final para se descompatibilizar do cargo. “Quero dizer que meu coração me impede de deixar a Prefeitura neste momento. [...] Meu coração pediu para ficar. [...] Não vou criar situações para explicar e isso não tem nada a ver com política. Se fosse pela política eu teria que anunciar a candidatura. Tem a ver com os três milhões de habitantes de Salvador”, alegou.

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