MEDIÇÃO DE TERRA

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domingo, 22 de abril de 2018

Veleiros da Volvo Ocean Race deixam Itajaí e partem para os Estados Unidos


DIÁRIO CATARINENSE
Por Dagmara Spautz

Despedida
Despedida (Foto: Patrick Rodrigues)
Uma multidão acompanhou a despedida dos veleiros da Volvo Ocean Race em Itajaí neste domingo. Diferente da chegada dos barcos, quando o vento insistiu em não soprar e uma brisa suave fez com que as embarcações permanecessem praticamente paradas, desta vez houve vento e velocidade suficiente para que os veleiros protagonizassem uma bela volta pelo circuito final, antes de seguirem para Newport, nos Estados Unidos. O veleiro espanhol Mapfre foi o primeiro a concluir o trajeto e liderou a flotilha, em direção ao Norte.
Foi seguido de perto pelo chinês Dongfeng Race Team, barco que tirou dos espanhóis a liderança no ranking geral na chegada a Itajaí. O que significa que os próximos dias devem ser de disputa acirrada entre os dois.
Centenas de embarcações de todos os tipos, vindas do Brasil e do exterior, acompanharam de perto o último circuito. A Marinha e a Polícia Federal fizeram a escolta do trajeto, para evitar qualquer incidente.
Na Vila da Regata, a despedida foi marcada por um grande público, pelo carinho pelas equipes, e pela homenagem dos velejadores a Jhon Fisher, atleta do veleiro SHK Scallywag, com bandeira de Hong Kong, que morreu no trajeto entre Auckland e Itajaí. Todos os velejadores desfilaram pela Vila da Regata usando uma faixa preta, em sinal de luto, antes de embarcar.
Martine Grael, a única brasileira a correr a Volvo Ocean Race, foi a grande estrela do desfile. No caminho até o barco, entregou botons do Comitê Olímpico Brasileiro às crianças. A atleta encantou os espectadores.
_ É a primeira vez que venho ao evento e pretendo voltar sempre. É maravilhoso, emocionante _ disse Suzana Lemos, de Itapoá.
Sete barcos a caminho
A presença de todas as sete equipes na largada foi considerada um grande feito. O veleiro Vestas teve o mastro quebrado na travessia do Cabo Horn, e chegou a Itajaí apenas seis dias antes da partida. O mastro foi trocado, e o equipamento trocado foi doado à Associação Náutica de Itajaí (ANI). Será mantido como um memorial da regata.
A situação mais crítica foi a do veleiro SHK/Scallywag, já que havia dúvidas sobre retomar a prova após a perda do velejador John Fisher. Uma equipe contratada trouxe o veleiro do Chile, onde ocorreu o acidente, até Itajaí. O barco chegou a quinta-feira, apenas três dias antes de largar. Foi uma corrida contra o tempo para garantir que ele estivesse pronto para partir neste domingo.
Até os Estados Unidos, os velejadores enfrentarão 5,6 mil milhas consideradas difíceis. Não será o frio congelante da última perna, na travessia dos gelados mares do Sul. Mas a previsão é de poucos ventos nos primeiros dias, o que exigirá dos atletas mais decisões táticas.
A expectativa é que a viagem dure cerca de duas semanas. A Volvo Ocean Race termina em junho, na cidade de Haia, na Holanda.

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