Quem é habituado com o noticiário automotivo sabe bem o abecedário dos fabricantes de automóveis. Na Mercedes-Benz, letras e algarismos combinam para dar nome a modelos. Mas, muitas vezes, até o mais caxias dos apaixonados por carros se confunde. É o caso do AMG GT S Roadster, versão que acaba de se apresentada pela estrela de três pontas.
Trata-se de mais uma versão da variante conversível do cupê lançado em 2014 e que chega para se posicionar na coluna do meio da linha. Complicado? Um pouco, mas nem tanto.
O AMG GT é o primeiro modelo em que a preparadora AMG assume o status de fabricante. Sendo assim, o GT tem três configurações de carroceria: cupê, roadster (conversível de dois lugares) e a novíssima versão cupê quatro portas. Afinal, é preciso fazer volume.
Como se não bastasse, também há uma necessidade em ampliar a variedade de opções de cada modelo. O cupê é oferecido nas versões “básica”, “S” e “R”, que se diferenciam pela potência do V8 biturbo 4.0, assim como acerto de suspensão, kit aerodinâmico, freios e outros detalhes.
Na linha Roadster, o esportivo era oferecido na versão “básica”, com V8 de 476 cv, e também na versão “C”, em que a potência sobe para 557 cv, além de um pacote dinâmico ajustado para a alta performance.
O AMG GT S Roadster chega na coluna do meio, assim como o cupê. Seu V8 oferta os mesmos 510 cv da versão fechada e 65 mkgf de torque. Números suficientes para levá-lo a 308 km/h e acelerar de 0 a 100 km/h abaixo dos 4 segundos.
Após chegar até este ponto, o amigo leitor deve estar se perguntando: “Mas qual a razão dessa versão?” Resposta: escala de preço. Para facilitar a explicação, vamos aos valores praticados nos Estados Unidos. Lá o Roadster “básico” parte de US$ 124.400 (algo em torno de R$ 420 mil). Já o Roadster C, parte de US$ 157 mil (R$ 530 mil). E num segmento tão concorrido quanto o de luxo, não daria para a marca deixar um buraco de mais de US$ 30 mil aberto para a concorrência.
Isso tudo serve para uma única coisa: alertar o caro leitor na hora de comprar seu AMG GT. Pois há uma enorme diferença em cada letrinha a mais pregada na tampa do porta-malas. Se o amigo não for um feliz proprietário desse carrão poderá discorrer sobre o abecedário da Mercedes numa mesa de bar. E com autoridade!