MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 20 de maio de 2018

Real teve a pior semana, com queda de 4% e um mar de incertezas pela frente


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Charge do Tacho (Jornal NH)
Vicente Nunes
Correio Braziliense

Sinal vermelho. O real teve a pior semana do ano. O tombo de quase 4% ante o dólar refletiu toda a insegurança dos investidores em relação ao Brasil num mundo cada vez mais avesso a riscos. O governo reclama dos exageros do mercado e assegura que a situação do país é muito melhor do que em outras crises. Há, porém, um mar de incertezas pela frente. A equipe econômica não conseguiu resolver os problemas fiscais — este será o quinto ano com as contas no vermelho — e nenhum dos candidatos mais bem posicionados nas pesquisas eleitorais assume compromissos com as reformas de que o Brasil tanto precisa.
 Ao longo dos últimos dois anos, os investidores foram muito complacentes com o governo, que prometeu arrumar as finanças do país, mas pouco conseguiu avançar nesta direção. Mesmo diante de todas as promessas não cumpridas, o mercado pouco contestou a equipe econômica. Preferiu fechar os olhos, acreditando que, em algum momento, a questão fiscal seria enfrentada com vigor.
SEM AVAL – É verdade que o governo aprovou o teto para os gastos públicos, contudo, fracassou na aprovação da reforma da Previdência. Nem mesmo para medidas mais triviais consegue aval do Congresso.
Agora, com o mundo mais conturbado, petróleo em alta e perspectiva de aumento maior do que o previsto nas taxas de juros nos Estados Unidos, os investidores resolveram fincar os pés na realidade e ressaltar as fragilidades brasileiras.
ESTRAGOS NA ECONOMIA – A cobrança vem tarde, mas com força suficiente para fazer estragos na economia. O dólar acima de R$ 3,70 começa a contaminar os preços de vários produtos e serviços e, por tabela, empurra a inflação para cima. Bem pouco tempo atrás, corria-se o risco de o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrar este ano abaixo do piso da meta, de 3%. Neste momento, o BC já projeta inflação de 4%, com tendência de alta.
Esse movimento do mercado mostra que, uma hora, a fatura chega. Foi o que aconteceu na Argentina, onde o presidente Maurício Macri optou por um ajuste fiscal gradual e pela queda lenta da inflação. É o que está ocorrendo com o Brasil. Quando olham ao redor do mundo, os investidores diferenciam os países. Se a economia global está indo bem, minimizam os problemas. Num ambiente mais hostil, não perdoam as nações que não fazem o dever de casa. O deficit público brasileiro deverá atingir R$ 159 bilhões neste ano. A dívida caminha para 80% do Produto Interno Bruto (PIB), quase o dobro da média observada nos países emergentes.

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