MEDIÇÃO DE TERRA

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sábado, 19 de maio de 2018

Tucanos e aliados já questionam a viabilidade da candidatura de Alckmin


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Charge do Mário Adolfo (Arquivo Google)
Igor Gielow
Folha

O presidenciável Geraldo Alckmin enfrenta o momento mais difícil de sua pré-campanha, com crescente questionamento interno no PSDB sobre a viabilidade de sua postulação. Se as dúvidas são colocadas publicamente por antigos aliados como o DEM, elas agora agitam o caldeirão tucano de rumores. Mas parece questão de tempo até algum peessedebista externar o que se diz reservadamente entre apoiadores e céticos da candidatura Alckmin: ele vai até o fim?
O próprio ex-governador paulista já deu uma resposta prévia em eventos nesta semana, dizendo que as avaliações são precipitadas. Alckmin afirma que a campanha de fato só começará quando se iniciar o horário gratuito de TV, em agosto.
PESQUISA – O estopim aparente da insatisfação foi a pesquisa CNT/MDA que mostrava um retraimento nas suas intenções de voto de quase 10% para 5%.
Reunião nesta semana examinou uma grande pesquisa qualitativa apontando que o eleitor médio identifica o tucano com a política tradicional que hoje é encarnada no poder por Michel Temer (MDB), ou seja, altamente impopular.
O debate sobre como mudar isso é inconclusivo, não menos porque Alckmin mantém sua posição de “jogar parado”. Alguns aliados na cúpula tucana pregam a adoção de um figurino mais agressivo. Polemizar com o nome que lhe tira votos à direita, Jair Bolsonaro (PSL), é uma opção, mas isso teria de ser feito de forma a não alienar todo o eleitorado do deputado.
ECONOMIA PIORA – Como existe um mar de votos hoje em branco à espera de rede de pesca, estimados de 20% a 30% do eleitorado, outra ideia tem a ver com a piora dos indicadores econômicos e a recente disparada do dólar, que assusta a classe média.
Como fez Fernando Henrique Cardoso em 1998, apresentar Alckmin como o único capaz de enfrentar a crise pode ser uma linha de ação. Não deixa de ser irônico, dado que o campo conservador contava com a melhoria da economia sob Temer —com apoio do PSDB— como ativo.
Sem isso, discursos populistas são favorecidos, e o rebolado retórico tucano teria de ser bem embalado para atingir além dos já convertidos.
CIRO CRESCE – Mesmo entre eles há dúvidas. Na conferência anual de CEOs promovida pelo Itaú em Nova York nesta semana, as conversas giraram em torno das dificuldades de Alckmin e do temor de um crescimento de Ciro Gomes (PDT), visto como hostil ao mercado.
Com tudo isso, nomes alternativos voltam à baila, ainda que Alckmin seja o presidente do PSDB e tenha a palavra final sobre o assunto.
Após passar 2017 ameaçando a postulação de Alckmin, o nome de seu ex-protegido João Doria está em todas as conversas sobre o tema. O ex-prefeito tem, publicamente e em conversas internas, mantido apoio a Alckmin. Mas o assédio a ele aumentou, e um tucano próximo a Doria sugere que metade da bancada estadual do partido já defende a substituição.
TAMBÉM NA CÂMARA – Segundo a Folha ouviu de dois importantes deputados federais do partido, o mesmo movimento estaria acontecendo na bancada tucana paulista da Câmara.
Um integrante da pré-campanha admite temer a contaminação de outras sucursais do tucanato pelo país. Diferentemente de Alckmin, Doria ainda empolga aliados externos, especialmente no MDB, e de quebra não tem contra si nenhuma investigação da Operação Lava Jato.
Até como vice de Alckmin ele foi sugerido na mesma reunião que discutiu a imagem do tucano, mas a sugestão foi considerada implausível.
CLIMA RUIM – Na base do clima ruim está a dificuldade de comunicação para acertos básicos, como palanques estaduais. A pré-campanha, quase dois meses depois de Alckmin ter deixado o governo, não tem comando político definido.
Quem fala pelo ex-governador são figuras sem trânsito fora de São Paulo: Samuel Moreira, Silvio Torres e Luiz Felipe D´Ávila. Tucanos com peso regional, como os ex-governadores Marconi Perillo (GO) e Beto Richa (PR), estão até aqui alijados de decisões.
Para um aliado de Alckmin, a pressão é natural e o tucano sairá da imobilidade a tempo.
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